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BM&FBovespa eleva fatia na maior bolsa global

As duas instituições vão desenvolver plataforma de negociação para todos os mercados

Foto do author Altamiro Silva Junior
Por Altamiro Silva Junior (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

A BM&FBovespa vai investir US$ 175 milhões para criar uma nova plataforma de negociação em parceria com a CME Group, maior bolsa do mundo com sede em Chicago. A BM&F também anunciou que vai pagar US$ 620 milhões para aumentar sua participação acionária na CME, de 1,8% para 5%. Com isso, até agora, a bolsa paulista já investiu ao todo US$ 1 bilhão na instituição americana, desde 2008 quando foi fechado o primeiro acordo associação.

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 As duas bolsas serão "sócias estratégicas preferenciais globais", segundo comunicado divulgado há pouco. Isso significa que elas vão buscar juntas oportunidades de parcerias comerciais com outras bolsas pelo mundo. Também pretendem fazer investimentos estratégicos em outras bolsas.

 A parceria tem prazo "inicial" de 15 anos, "com realinhamento dos seus aspectos estratégicos e comerciais no quinto e décimo aniversários."

 A nova plataforma vai permitir operações em todos os mercados que as duas bolsas atuam, como derivativos, ações, câmbio e títulos públicos. Segundo comunicado da BM&F, o tempo de processamento de cada transação será "inferior a um milissegundo".

 O primeiro módulo a ser desenvolvido será o de derivativos, previsto para ficar pronto até o início de 2011 e substituir o atual sistema que a BM&F usa, chamado de Global Trading System (GTS). O segundo módulo é o de ações e vai substituir o megabolsa, sistema usado para os negócios na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Também será desenvolvido um sistema de negociação de grandes lotes de ações (block trade). Os US$ 175 milhões devem ser investidos ao longo de dez anos.

 A BM&FBovespa e a CME devem explorar comercialmente a nova plataforma. Pelo acordo, a bolsa brasileira poderá comercializar o sistema na América do Sul e Central, México e na China.

 A parceria entre as duas bolsas prevê que o conselho da BM&F terá um membro da CME e o da bolsa americana um executivo da bolsa brasileira.

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