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BNDES já liberou R$ 2 bilhões à Volkswagen

Por Agencia Estado
Atualização:

Os contratos de financiamento da Volkswagen com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somam R$ 2,09 bilhões de 2000 ao início de 2006. Considerada a última operação, aprovada em abril, mas ainda não contratada, de R$ 497,1 milhões, a cifra sobe para R$ 2,587 bilhões. O último empréstimo destina-se à produção de veículos da linha Fox. O banco está prestes a assinar o contrato para o desembolso da primeira etapa do financiamento, no valor de R$ 358 milhões. Menos de um mês depois da aprovação do projeto, a Volkswagen anunciou um programa mundial de reestruturação prevendo a demissão de cerca de 6 mil funcionários no Brasil. Diretores da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC procuraram o presidente do banco, Demian Fiocca, para tentar vincular a liberação do empréstimo à garantia de manutenção dos empregos. Apesar de já ter aprovado, há quatro meses, o parecer da área técnica, que considerou viável o empréstimo - que corresponde a 54% dos investimentos totais de R$ 920,9 milhões previstos pela montadora - a empresa ainda não foi chamada para assinar o contrato, a penúltima etapa até a liberação efetiva do dinheiro. O financiamento de quase meio bilhão de reais será destinado à melhoria de produção em cinco fábricas, incluindo a de São Bernardo do Campo, que está sob ameaça de fechamento caso não haja acordo entre empregadores e sindicato acerca da demissão de funcionários no processo de reestruturação. Também serão aplicados recursos nas unidades de Taubaté e São Carlos (SP), e de São José dos Pinhais (PR). O contrato do BNDES com a montadora conterá uma cláusula padrão nos financiamentos do banco, dizendo que, em caso de risco de dispensa de funcionários (caso comum em projetos de automação industrial), a empresa se compromete a treinar e reciclar os trabalhadores para reaproveitamento da mão-de-obra. Mas, as conversas com os sindicalistas não resultaram em nenhuma cláusula extraordinária, para garantir empregos depois da reestruturação. A geração de empregos é um dos aspectos avaliados pelo banco na análise de projetos de investimento.

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