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Boas perspectivas para os juros americanos animam os mercados

O consultor de investimentos avalia que os indicadores econômicos domésticos continuarão despertando pouca atenção do mercado financeiro em comparação aos índices externos. Para ele, os dados sobre o crescimento e a evolução das denúncias da CPI são os poucos fatores que podem vir a influenciar os mercados.

Por Agencia Estado
Atualização:

Balanço de Abril 1º- O ouro registrou forte valorização de 9,18%; 2º- A bolsa brasileira com alta expressiva de 6,36%; 3º- Os fundos de Renda Fixa puros devem fechar o mês com rendimento bruto na faixa de 0,90 a 1,15%, dependendo também da taxa de administração do fundo; 4º- Os fundos DI devem fechar o mês com rendimento bruto também na faixa de 0,9% a 1,15%, muito parecido ao dos Fundos DI, dependendo da taxa de administração do fundo;. 5º- O Euro apresentou alta de 0,52%; 6º- Os títulos indexados ao IGP-M, com o IGP-M de abril apresentando deflação de 0,42%, devem fechar o mês com resultados bem abaixo dos fundos de Renda Fixa e DI, com rendimento bruto entre zero e 0,35%, dependendo do prazo do papel; 7º- O dólar teve importante desvalorização de cerca de 3,6%. Durante o mês de abril, os fatores que mais influenciaram foram: 1º- Posse do novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e indicação dos novos membros da equipe. Apesar do discurso, surgiram dúvidas sobre a continuidade da política econômica e austeridade fiscal; 2º- Otimismo nos mercados mundiais, após a divulgação da ata da última reunião do FED, a qual dá indicações de que os juros não deverão ser elevados muito além dos 5% ao ano; 3º- Novo aumento dos preços do petróleo, superando o patamar dos US$ 70 / barril, devido à crise gerada pelo projeto nuclear do Irã; Perspectivas Em maio, no cenário internacional, os mercados continuarão atentos aos rumos da economia americana: à inflação, aos indicadores de crescimento e às expectativas sobre os juros. O comportamento do preço do petróleo e a evolução da crise do Irã também são variáveis que influenciarão os mercados. No âmbito interno, as variáveis têm tido pouca importância em comparação às externas. Os dados sobre o crescimento e a evolução das denúncias da CPI são os poucos fatores que podem vir a influenciar os mercados; Os fundos DI continuam muito interessantes, devido à baixa inflação futura projetada e proporcionando bom juro real. Em maio, o rendimento bruto será na faixa de 0,95% a 1,3%, dependendo da taxa de administração do fundo e da ?marcação a mercado?. Os fundos de Renda Fixa são boas opções de diversificação para investidores moderados e agressivos. O rendimento bruto em maio deverá ser similar aos fundos DI, se não houver nenhuma surpresa por parte da percepção do mercado com os juros futuros. Os títulos indexados à variação do IGP-M continuam como opções de investimento a longo prazo como diversificação de portfólio, pois esses títulos estão rendendo na faixa de 10% a 11% ao ano, mais variação do IGP-M. Com o IGP-M de abril apresentando deflação de 0,42%, tiveram resultados muito fracos, bem abaixo dos fundos DI e Renda Fixa; Os fundos Cambiais (dólar e euro), devido à melhoria no cenário internacional, voltaram a ter mau desempenho em abril. O euro teve desempenho bem melhor, em razão de sua recuperação, de cerca de 4,3%, em abril, frente ao dólar. Mantêm-se como opções para diversificação de portfólio para investidores com perfil conservador e moderado, com visão de longo prazo, caso o cenário interno e/ou externo piorem. O ouro, líder no ranking mensal, continua muito favorecido no exterior devido à desvalorização do dólar frente a outras moedas, à inflação americana, à alta no preço do petróleo e à crise do Irã. Apresentou valorização no exterior, no mês, de 13%. Do mesmo modo que os fundos cambiais, continua uma opção conservadora atraente para diversificação devido ao baixo valor do dólar no mercado doméstico. A bolsa brasileira teve alta de 6,36%, juntamente com a maioria das bolsas mundiais, em razão da melhoria no cenário internacional em relação à percepção dos juros americanos. Consideramos 31.370 pontos o valor justo para índice Bovespa, ou seja, em termos históricos (1968 até 2006) o valor que não apresenta ágio ou deságio no preço médio das ações. Ao nível atual de 40.363 pontos, o Ibovespa apresenta ágio médio de 28,7%. As bolsas mundiais, de maneira geral, tiveram um mês de alta em abril. As perspectivas continuam boas para o médio e longo prazos, dependendo do crescimento dos EUA e China; muito embora muitas bolsas pelo mundo já tenham atingido patamares máximos históricos. As opções com maior potencial de retorno são as bolsas do Japão, Áustria, França e Reino Unido (países desenvolvidos) e Malásia, Chile, Singapura e Hong Kong (países emergentes). Os imóveis comerciais continuam a preços históricos baixos, embora já apresentem alguma recuperação com a melhoria nas perspectivas do crescimento econômico. Boa opção para diversificação de portfólio de investidores com perfil conservador e moderado.

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