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Bolsa de Nova York bate recorde após forte geração de novas vagas nos EUA em julho

Mercado de trabalho americano criou 943 mil novos postos no mês passado, resultado que também ajudou nos negócios da Europa; Ásia fechou em queda

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Por Redação
Atualização:

As Bolsas de Nova York e Europa fecharam em forte alta nesta sexta-feira, 6, com a primeira registrando recorde, após a forte geração de novas vagas em julho nos Estados Unidos. Na Ásia, no entanto, os índices cederam, com investidores ainda de olho na covid.

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Os Estados Unidos criaram 943 mil vagas de trabalho em julho, acima da mediana de 900 mil prevista por especialistas consultados pelo Projeções Broadcast, conforme mostrou o payroll, relatório de geração de novas vagas americano. O desempenho do mercado de trabalho dos EUA é monitorado por investidores pela influência na política monetária e economia do país, que acaba sendo refletida globalmente.

Segundo a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, os números do payroll mostram que os americanos estão voltando ao trabalho, e que o Plano de Resgate Americano e a vacinação estão impulsionando o crescimento no país. Ao ser questionada sobre a necessidade de mais estímulos ou pacotes de ajuda, ela disse que as medidas visam o crescimento sustentável a longo prazo.

Anúncio de vaga nos Estados Unidos. Mercado de trabalho americano gerou 943 mil novos postos em julho. Foto: Frederic J. Brown/AFP

Ainda na agenda de indicadores, a produção industrial na Alemanha recuou 1,3% em junho ante maio. Em relatório, a Capital Economics destaca que o desempenho foi pior do que o consenso de analistas, de 0,5%, e questiona se a economia alemã irá se recuperar ao nível pré-pandemia no quarto trimestre. 

Sobre a covid, o mercado asiático continua monitorando o avanço da variante Delta. Na Coreia do Sul, o governo decidiu estender as regras de distanciamento social mais rígidas diante da nova alta de casos. Já a China vai isolar regiões do país para realizar testes da covid-19 em seus cidadãos.

Bolsas de Nova York

O forte resultado do mercado de trabalho americano ajudou no desempenho das Bolsas de Nova York. Dow Jones e S&P 500 subiram 0,41% e 0,17% cada, renovando recordes históricos de fechamento. O Nasdaq foi o único a ir na contramão, em queda de 0,40%.

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Bolsas da Europa

O dia foi positivo no mercado europeu. A Bolsa de Londres avançou 0,04%, enquanto Frankfurt teve ganho de 0,11% e Paris, de 0,53%. Entre os balanços divulgados hoje, a seguradora Allianz avançou 2,30%, após informar lucro líquido de 2,2 bilhões de euros no último trimestre - alta de 45,6% ante o mesmo período em 2020.

Os índices de Milão, Madri e Lisboa subiram 1,30%, 0,48% e 0,05% cada. O índice Stoxx 600, que concentra as principais empresas da região, fechou estável.

Bolsas da Ásia

Os índices asiáticos fecharam em queda, com exceção da Bolsa de Tóquio, que teve ganho de 0,33%, apoiada por ações do setor de energia. Os índices chineses de XangaiShenzhen cederam 0,24% e 0,16% cada, enquanto Hong Kong caiu 0,01%, Seul recuou 0,18% e Taiwan teve queda de 0,44%.

Na Oceania, a Bolsa australiana terminou em alta de 0,36%, com recorde histórico de fechamento pelo terceiro dia consecutivo. Ações dos setores financeiro e de tecnologia puxaram o movimento no mercado australiano nesta sexta-feira. 

Petróleo

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Os contratos futuros do petróleo fecharam a última sessão da semana em baixa de cerca de 1%, despencando entre 6% e 7% em relação ao nível de sete dias atrás. A commodity apresentou comportamento volátil e subiu durante parte desta sexta-feira, com o forte relatório de empregos dos EUA. Temores com a variante Delta e o fortalecimento do dólar, no entanto, fizeram com que o óleo firmasse queda pela tarde.

O barril do petróleo WTI com entrega prevista para setembro recuou 1,17%, a US$ 68,28, cedendo 7,67% no acumulado semanal. Já o Brent fechou em queda diária de 0,83% e semanal de 6,24%, a US$ 70,70 o barril. /MAIARA SANTIAGO, MATHEUS ANDRADE, ILANA CARDIAL E GABRIEL BUENO DA COSTA

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