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Bolsa de Nova York bate recorde após pedidos de auxílio-desemprego recuarem nos EUA

Número de pedidos de auxílio-desemprego teve queda de 12 mil na semana encerrada em 07 de agosto; produção industrial da zona do euro caiu 0,3% em junho

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Por Redação
Atualização:

As Bolsas de Nova York e Europa fecharam em alta nesta quinta-feira, 12, com a primeira batendo recorde, de olho no recuo dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos. No entanto, o clima no mercado asiático foi negativo, com investidores monitorando o avanço da variante Delta da covid.

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Após a inflação americana perder força em julho, conforme divulgado ontem, foi o mercado de trabalho dos EUA o portador de boas notícias hoje. Segundo dados do Departamento do Trabalho, o número de pedidos de auxílio-desemprego teve queda de 12 mil na semana encerrada em 07 de agosto, a 375 mil, segundo dados com ajustes sazonais. O resultado da semana passada veio em linha com a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal

Assim como o resultado da inflação, o dado reforça o discurso adotado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de que os estímulos ainda são essenciais para a recuperação da economia dos Estados Unidos, em especial do mercado de trabalho, que conforme os dados, segue em recuperação. Nos últimos meses, o Fed tem sido pressionado por especialistas - e também por membros de alto escalão da entidade - para começar um aperto antecipado nas medidas de estímulos adotadas durante a pandemia.

Anúncio de vaga em restaurante da rede de fast food Wendy's. Mercado de trabalho americano dá sinais de recuperação. Foto: Octavio Jones/Reuters - 1/6/2021

No entanto, o índice de preços ao produtor (PPI) americano subiu 1% em julho, bem acima do projetado pelo mercado. A leitura sugere que os preços nos EUA continuam a ser impactados por efeitos relacionados à pandemia, segundo a High Frequency Economics, entre eles a alta demanda e gargalos na cadeia de suprimentos. "O impacto da reabertura deve diminuir ao longo dos meses, mas há menos certeza devido à propagação da variante Delta."

Ainda na agenda de indicadores, a União Europeia informou que a produção industrial do bloco teve recuo de 0,3% em junho, contrariando a expectativa de alta de 0,2% de analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal. "É o segundo mês consecutivo que a produção industrial cai na zona do euro. Em junho, esta queda se deu principalmente pelas dificuldades contínuas na cadeia de ofertas na Alemanha. Como isso vai diminuir lentamente, não esperamos que a indústria contribua muito para o crescimento econômico nos próximos meses, embora a demanda ainda esteja bastante aquecida", avalia a Capital Economics.

Já no noticiário da pandemia, no continente asiático, a Coreia do Sul continua como foco de preocupação, com os casos avançando em níveis alarmantes, em meio ao avanço da variante Delta no país, apesar das medidas de restrições. Na última quarta-feira, 11, o país registrou recorde, com mais de dois mil novos diagnósticos em 24 horas. Na China, o isolamento também foi endurecido em várias províncias.

Bolsa de Nova York

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O novo sinal positivo da economia americana ajudou no bom desempenho do mercado de Nova York. O Dow Jones fechou com alta de 0,04% e o S&P 500, de 0,29%, o bastante para bater um novo recorde. O Nasdaq teve ganho de 0,35%.

Bolsas da Europa

No mercado europeu todos os índices subiram, com exceção da Bolsa de Londres, que fechou em queda de 0,37%, após as ações da mineradora Rio Tinto recuarem 1,05%. Hoje, o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 4,8% no segundo trimestre em comparação ao anterior.

Já o índice Stoxx 600, que concentra as principais empresas da região, fechou em alta de 0,11%, enquanto a Bolsa de Frankfurt teve ganho de 0,70% e a de Paris, de 0,36%. Já os índices de Milão, Madri e Lisboa tiveram altas de 0,38%, 0,04% e 0,57%.

Bolsas da Ásia

O mercado asiático teve um dia negativo, com a Bolsa de Tóquio em baixa de 0,20%, pressionada pelas ações de operadoras de ferrovias e do setor eletrônico. Os índices chineses de Xangai e Shenzhen recuaram 0,22% e 0,35% cada, puxadas pela queda de companhias de bebidas alcoólicas.

O dia também foi ruim para outras Bolsas, com Hong Kong em baixa de 0,53%, Seul, de 0,38% e Taiwan, de 0,04%. Já na Oceania, a Bolsa australiana fechou em alta de 0,05%, batendo novo recorde histórico. Ações ligadas a commodities tiveram o melhor desempenho. 

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Petróleo

Em altaEconomia
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Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa hoje, em sessão marcada pela publicação de relatórios sobre o mercado da commodity. A Agência Internacional de Energia (AIE) revisou suas previsões, e diminuiu a expectativa para a alta da demanda do óleo em 2021, citando impactos da variante delta do coronavírus. Segundo a agência, o crescimento na demanda global por petróleo vai cair de 100 mil barris por dia (bpd) em 2021, a 5,3 milhões de bpd

Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve sua projeção, mas citou incertezas decorrentes da covid-19. Em resposta, o barril do petróleo WTI com entrega prevista para setembro recuou US$ 0,16, a US$ 69,09, enquanto o do Brent para o mês seguinte teve queda de 0,18%, a US$ 71,31 o barril. /MAIARA SANTIAGO, GABRIEL CALDEIRA, ILANA CARDIAL, MATHEUS ANDRADE E GABRIEL BUENO DA COSTA

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