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Bolsa de Nova York bate recorde em dia de divulgação de dados da economia dos EUA

O índice S&P 500 fechou com nova máxima histórica, em alta de 0,82%; clima também foi positivo na Europa, mas na Ásia, as Bolsas ficaram mistas

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Por Redação
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As Bolsas de Nova York e Europa fecharam em alta nesta terça-feira, 3, com a primeira batendo recorde, de olho na divulgação de balanços e também monitorando indicadores das economias americana e europeia. No mercado asiático, no entanto, predominou a preocupação com o aumento do cerco regulatório na China.

Na agenda de indicadores dos Estados Unidos, a dívida total das famílias no país aumentou US$ 313 bilhões no segundo trimestre de 2021, para US$ 14,96 trilhões, de acordo com o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em uma variação positiva de 2,1%, na maior alta trimestral desde o quarto trimestre de 2013. Ainda por lá, as encomendas à indústria americana subiram 1,5% em junho ante maio, acima das expectativas do mercado, que esperava avanço de 0,9%. 

Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 encerrou o dia com novo recorde de fechamento. Foto: Richard Drew/AP

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Já na Europa, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro voltou a mostrar ritmo forte no último mês, mas abaixo do esperado por analistas consultados pelo The Wall Street Journal. O indicador subiu 1,4% em junho ante maio. 

Já na China, o clima foi negativo, após um regulador afirmar que pretende combater a manipulação de preços e o armazenamento indevido de chips automotivos. A fala derrubou as principais ações do setor, com Nations Technologies em queda de 15% e China Resources Microelectronics, de 9,9%. Ganfeng Lithium recuou 7,0% e Inner Mongolia Baotou Steel, 7,1%. 

Bolsas de Nova York

O dia positivo em Nova York, com o Dow Jones em alta de 0,80% e o Nasdaq, de 0,55%. O S&P 500 subiu 0,82%, batendo novo recorde histórico de fechamento. Os ganhos do índice foram sustentados pela alta das ações do setor de energia, apesar da queda do petróleo -  ConocoPhillips subiu 2,20%, ExxonMobil, 1,13% e Chevron, 0,93%. Já os papéis de grandes companhias de tecnologiapuxaram o Nasdaq. Apple subiu 1,26% e Amazon, 1,04%.

Bolsas da Europa

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O dia foi positivo no mercado europeu, com o índice Stoxx 600, que concentra as principais empresas da região, em alta de 0,20%. Já a Bolsa de Londres subiu 0,34%, apoiada pelo ganho de 5,78% da petroleira British Petroleum que registrou lucro líquido de US$ 3,12 bilhões no segundo trimestre, acima do esperado pelo mercado.

Ao reverterem seus prejuízos e registrarem lucros nos semestres mais recentes, o Société Générale subiu 6,37% e a Stellantis, 4,23%, ajudando Paris e Milão a subirem 0,72% e 0,02% cada. A Bolsa de Madri avançou 0,16% e a de Lisboa, 1,22%. Na contramão, o índice de Frankfurt caiu 0,09%.

Bolsas da Ásia

O clima foi misto no mercado asiático. De olho no aumento das regulações, os índices chineses de XangaiShenzhen cederam 0,47% e 0,53% cada, enquanto Hong Kong caiu 0,16%. Já a Bolsa de Tóquio teve queda de 0,50%, ante preocupações com o avanço da variante Delta do coronavírus​ no continente, em meio à realização dos Jogos Olímpicos.

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Na contramão, Seul subiu 0,44%, com ações de tecnologia, montadoras e do setor financeiro puxaram a alta, com otimismo sobre a recuperação do país. Taiwan teve ganho de 0,29%. Na Oceania, na Bolsa australiana encerrou em baixa de 0,23%, com ações de bancos e as ligadas a commodities puxando o movimento.

Petróleo

Os contratos futuros do petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira, mas ainda sustentando o patamar de US$ 70 por barril, que chegou a ser perdido mais cedo pelo WTI. Os investidores seguem atentos à disseminação na variante Delta e, em especial, no possível impacto sobre a demanda chinesa pela commodity. As preocupações se dão, ainda, no período em que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) oficialmente começa a elevar sua oferta da commodity em 400 mil barris por dia. 

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O barril do WTI com entrega prevista em setembro recuou 0,98%, a US$ 70,56, enquanto o barril do Brent para outubro fechou em baixa de 0,66%, a US$ 72,41. /MAIARA SANTIAGO, ILANA CARDIAL, GABRIEL BUENO DA COSTA E IANDER PORCELLA

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