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Bolsa de Nova York fecha em queda após inflação acima do esperado nos EUA

Em junho, índice de preços ao consumidor americano avançou 5,4% na comparação anual, maior valor para o período desde 2008

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Por Redação
Atualização:

As Bolsas de Nova York e da Europa fecharam em queda nesta terça-feira, 13, de olho no resultado da inflação de junho dos Estados Unidos, que atingiu o maior resultado anual dos últimos treze anos. Na Ásia, o clima foi positivo, com investidores ainda repercutindo o recorde de Wall Street do dia anterior.

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Na comparação mensal, houve aumento de 0,9% do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), bastante acima da alta de 0,5% prevista por analistas consultados pelo Projeções Broadcast. Na base anual, porém, a inflação subiu 5,4%, maior registro desde 2008.

O fator central do salto foi uma alta mensal de 10,5% nos preços dos carros usados. A escassez de chips utilizados pelas montadoras têm dificultado a fabricação de veículos novos, que ficaram mais caros. Com isso, aumentou a demanda pelos usados. "Outra surpresa para cima na inflação sugere impactos mais generalizados dos problemas da cadeia de abastecimento e levanta mais questões sobre a rapidez com que esses fatores desaparecerão em meio à forte demanda", avalia o CIBC.

Inflação dde junho dos Estados Unidos fez Bolsa de Nova York fechar em queda. Foto: Brendan McDermid/Reuters

Entre os investidores, aumentou ainda o temor de que a medida leve o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) a antecipar o corte nas medidas de estímulo, em especial o programa de compra de títulos públicos.

Na Europa também houve a divulgação dos resultados do CPI da Alemanha e França, duas das maiores economias da região. Em Berlim, a inflação de junho subiu 0,4% na comparação mensal e 2,3% na anual. Em Paris, o índice avançou 0,1% em junho ante maio e subiu 1,5% na comparação anual. 

Já no mercado asiático, a China surpreendeu com um salto anual de 32,2% nas exportações de junho, maior do que o acréscimo de 27,9% de maio e também bem acima das expectativas. As importações chinesas igualmente subiram mais do que se previa no mês passado, mas em ritmo consideravelmente menor do que em maio. 

Bolsa de Nova York

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Apesar dos recordes do dia anterior, Nova York fechou em baixa. O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,31%, o S&P 500 caiu 0,35% e o Nasdaq recuou 0,38%. 

Entre os bancos, Goldman Sachs anunciou lucro líquido acima do esperado, mas a ação não conseguiu manter a alta de parte do dia no pregão de hoje e terminou em baixa de 1,19%. JP Morgan, por sua vez, recuou 1,49%, após exibir queda na receita no segundo trimestre deste ano. Na contramão da maioria, PepsiCo subiu 2,31%, após surpreender em lucro ajustado e receita no segundo trimestre. 

Bolsas da Europa

O índice Stoxx 600 ainda fechou em alta de 0,03%, mas as Bolsas de Londres, ParisFrankfurt cederam todas 0,01%. Já Milão, Madri e Lisboa cederam 0,5%, 1,38% e 0,44%.

Bolsas da Ásia

Diante de dados positivos e com o apoio de Wall Street, a Bolsa de Tóquio subiu 0,52%, enquanto Hong Kong teve ganho de 1,63%, Seul avançou 0,77% e Taiwan teve alta de 0,19%. Os índices chineses de XangaiShenzhen tiveram ganhos de 0,53% e 0,27% cada.

Na Oceania, a bolsa australiana fechou praticamente estável, com baixa marginal de 0,02%, apagando ganhos de mais cedo no pregão.

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Petróleo

O petróleo encerrou esta terça com ganhos, diante da leitura de investidores de que a demanda pela commodity energética sobe em ritmo bem mais acelerado que o da oferta. Com isso, temores relacionados à disseminação da variante Delta do coronavírus e o corte de 100 mil barris por dia (bpd) na previsão da Agência Internacional de Energia (AIE) para a demanda global em 2022 ficaram em segundo plano. 

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O barril do petróleo WTI com entrega prevista para agosto avançou 1,55%, a US$ 75,25, enquanto o do Brent para setembro fechou em alta de 1,77%, a US$ 76,49. /MAIARA SANTIAGO, GABRIEL CALDEIRA, SÉRGIO CALDAS E ILANA CARDIAL

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