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Bolsas de Nova York e Europa fecham em alta de olho em indicadores econômicos

Apesar do índice de serviços de julho vir abaixo do esperado nos Estados Unidos, mercado americano fechou com novo recorde; Bolsas da Ásia caíram

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Por Redação
Atualização:

Os índices de Nova York e da Europa fecharam em alta nesta sexta-feira, 23, com o mercado americano batendo recorde, de olho na divulgação de indicadores positivos das economias americana e europeia. Na Ásia, no entanto, o clima foi de queda, com investidores precificando o cerco regulatório promovido pelo governo chinês.

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Na agenda de indicadores, o índice de gerente de compras (PMI composto) dos Estados Unidos, que agrega os setores da indústria e de serviços, caiu a 59,7 em julho, de 63,7 em junho, segundo dado preliminar. A desaceleração do setor de serviços, que registrava níveis recordes, colaborou para o resultado. Leituras acima de 50 indicam expansão, enquanto abaixo de 50 é contração.

Já na zona do euro, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu de 59,5 em junho a 60,6 em julho, na máxima em 252 meses, segundo a IHS Markit. O dado preliminar superou a expectativa de 59,9 dos analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal.

Apesar de dado fraco da economia dos EUA, Bolsa de Nova York fechou com recorde hoje. Foto: Richard Drew/AP

No Reino Unido, as vendas no varejo cresceram 0,5% em junho ante maio, contrariando a previsão de queda  de 0,6% dos analistas. Já o PMI composto do país recuou a 57,7 em julho, perda de fôlego que a Capital Economics disse não ser uma surpresa, após ganhos fortes anteriores, mas a consultoria também comentou em relatório que há sinais  de que carências de produtos e de mão  de obra começam a conter a atividade. Para o ING, o dado sinaliza certa estagnação no país, com a alta nos casos da covid-19. 

Na China, há preocupação com o cerco regulatório imposto pelo governo local. Ontem, a Bloomberg noticiou que autoridades de Pequim consideram impor penalidades, talvez sem precedentes, à Didi Global, que recentemente abriu capital em Nova York. O país asiático vê a decisão da companhia tecnológica de transporte privado de realizar uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) nos Estados Unidos como uma afronta.

Bolsa de Nova York

Em Nova York, os índices também fecharam em alta, apesar do resultado abaixo do esperado para o PMI dos EUA. O Dow Jones avançou 0,68%, enquanto S&P 500 e Nasdaq registraram ganhos de 1,02% e 1,04%. Os três índices bateram recordes históricos de fechamento. Na comparação semanal, as ganhos foram de 1,08%, 1,96% e 2,84%, respectivamente.

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A temporada de balanços corporativos registrou novos resultados positivos. A American Express teve salto de 795% no lucro líquido do segundo trimestre de 2021, ante igual período do ano passado. Com isso, a ação da prestadora de serviços financeiros subiu 1,28%. Já o Twitter teve alta de 3%, impulsionada pelo lucro líquido acima do previsto por analistas, divulgado ontem. Facebook avançou 5,30%, após o Credit Suisse elevar o preço alvo da ação da empresa de US$ 400 para US$ 480

Bolsas das Europa

O clima foi positivo no mercado europeu após a divulgação de indicadores fortes. O índice Stoxx 600, que concentra as principais empresas da região, fechou em alta de 1,09%, enquanto a Bolsa de Londres teve ganho de 0,85%, Frankfurt, de 1,00%, e Paris, de 1,35%. Já MilãoMadri e Lisboa tiveram ganhos de 1,29%, 1,11% e 1,21% cada.

Bolsas da Ásia

O ambiente complicado para os negócios na China, somada a temores ante o avanço da covid, pesaram no mercado asiático. Os índices chineses de Xangai e Shenzhen cederam 0,7% e 1,4%, respectivamente. A Bolsa de Hong Kong teve perda de 1,4% e Taiwanficou estável, com 0%. Na contramão, o mercado de Seul subiu 0,1%. Novamente, a Bolsa de Tóquio não operou devido a um feriado local.

Na Oceania, a bolsa australiana avançou 0,1%, mesmo após um estado do país decretar emergência por conta da piora da pandemia de covid-19.

Petróleo

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petróleo fechou em alta nesta sexta-feira, estendendo os ganhos dos últimos três dias, que fizeram com que os contratos revertessem a queda de cerca de 7% registrada na segunda-feira passada. Desta forma, o óleo fechou a semana com ganhos moderados, impulsionado pelo retorno do apetite por risco de investidores estrangeiros.

O barril do petróleo WTI com entrega prevista para setembro fechou em alta diária de 0,22% e semanal de 0,71%, a US$ 72,07. Já o barril do Brent para igual mês encerrou o dia com ganhos de 0,42% e a semana com avanço de 0,69%, a US$ 74,10. /MAIARA SANTIAGO, IANDER PORCELLA, GABRIEL CALDEIRA E GABRIEL BUENO DA COSTA

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