PUBLICIDADE

Bolsa recua na abertura pressionada pelo exterior

Além do vencimento dos contratos do Ibovespa futuro e de opções sobre o índice, o alerta da agência Moody''s por um novo rebaixamento no rating da Espanha pesam nos negócios

Por Olivia Bulla e da Agência Estado
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tem hoje um fator extra de pressão para os negócios, além do vencimento dos contratos do índice Bovespa (Ibovespa) futuro e de opções sobre o índice, que penalizou os negócios ontem. O cenário externo volta a ser assombrado pela crise das dívidas na Europa, após o alerta da agência Moody''s por um novo rebaixamento no rating (classificação de risco) soberano da Espanha. Em meio a um ambiente cauteloso, especialistas mostram-se mais céticos quanto a uma alta de fim de ano na Bolsa. Às 11h31 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava 0,69%, para 68.270 pontos.O sinal negativo também prevalece nos mercados globais nesta manhã, depois que a Moody''s alertou a Espanha para um possível novo rebaixamento em seu rating soberano, diante das dificuldades do governo em se refinanciar e dos bancos espanhóis em se recapitalizarem. A agência de classificação de risco destacou a vulnerabilidade espanhola e salientou que a frágil confiança dos mercados no país pode colocar em risco a grande necessidade de refinanciamento em 2011. Somado a isso, os investidores ainda buscam sinais mais consistentes sobre a economia norte-americana, após a avaliação do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de que a retomada no país segue lenta. Com isso, merece atenção a divulgação dos dados sobre a produção industrial e o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA, ambos referentes a novembro. No Brasil, o vencimento dos contratos de Ibovespa futuro para dezembro e de opções sobre o índice deve mais uma vez influenciar os negócios na Bolsa. Outro evento doméstico é a divulgação da segunda prévia da carteira teórica do Ibovespa, que vai vigorar de janeiro a abril de 2011.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.