Texto atualizado às 17h45
SÃO PAULO - A Bovespa abriu a sessão desta segunda-feira em queda, pressionada principalmente pelas perdas de mais de 2% da Vale e do setor financeiro. As incertezas no âmbito político e fiscal também levam tensão aos pregões. Já no mercado de câmbio, o dólar iniciou a semana em alta consistente e chegou a subir mais de 3% durante a manhã. Após atingir R$ 3,947, na máxima do dia, a moeda americana fechou em alta de 1,26%, cotada a R$ 3,877.
O Ibovespa fechou em queda de 1,64%, aos 45.120 pontos. Em reação ao processo de R$ 20 bilhões contra Vale, Samarco e BHP Billiton, os papéis da mineradora brasileira perderam 1,43% (ON) e 3,97% (PNA), mesmo depois de terem derretido cerca de 6% na sexta-feira.
As ações da Petrobrás passaram a subir no início da tarde, impulsionadas pela valorização do petróleo no mercado internacional. Os investidores também digerem o pedido de renúncia de Murilo Ferreira da presidência do conselho de administração da estatal. O executivo é diretor-presidente da Vale.
Fora do Ibovespa, as units do BTG Pactual reagem ao noticiário do fim de semana. Mais cedo, BTG Pactual unit chegou a cair 12,34%, mas fechou em queda de 8,53%, a R$ 20,90. O banco confirmou no domingo a renúncia de André Esteves da presidência da instituição e do comando do conselho de administração, após sua prisão ter sido convertida de temporária em preventiva pelo STF, conforme antecipou o Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado.
Os investidores acompanham nesta manhã os desdobramentos da prisão do banqueiro André Esteves, com destaque para a informação de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teria recebido propina de R$ 45 milhões do BTG Pactual para aprovar emenda em medida provisória que beneficiaria o banco.
No âmbito fiscal, os investidores processam o corte no Orçamento de 2015 e o congelamento nos gastos do governo em dezembro. O contingenciamento ocorre no último dia para a publicação do novo decreto com a programação orçamentária e financeira do ano. O governo foi obrigado a fazê-lo porque ainda não tem a aprovação do Congresso para entregar um déficit fiscal.