PUBLICIDADE

Bolsas da Ásia seguem em declínio com NY e Europa

Xangai cai 1,2% e encerra pregão ao menor nível em mais de um ano

Por Ricardo Criez , Hélio Barboza e da Agência Estado
Atualização:

A queda em Wall Street e a continuação das preocupações com a zona do euro provocaram novas baixas nos mercados asiáticos nesta quinta-feira. Fatores locais também influenciaram os investidores. A Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, não abriu por causa da violência local.

PUBLICIDADE

A Bolsa de Tóquio fechou com queda acentuada, depois que a continuação das preocupações com os problemas fiscais da Europa e a inevitável valorização do iene levaram o índice Nikkei 225 a ficar abaixo dos 10 mil pontos no intraday, pela primeira vez em mais de três meses. No fechamento, o índice apontou queda de 1,5%, ou 156,53 pontos, terminando aos 10.030,31 pontos, o nível mais baixo desde 15 de fevereiro. Ao longo das últimas cinco sessões, o Nikkei 225 cedeu 5,6%.

A Bolsa de Hong Kong teve o pior fechamento desde 8 de fevereiro. As perdas só não foram maiores por conta da presença de investidores em busca de ofertas de ocasião no peso pesado HSBC. O índice Hang Seng caiu 33,15 pontos, ou 0,2%, e terminou aos 19.545,83 pontos - na semana, o índice acumulou declínio de 3%.Já as Bolsas da China apresentaram o pior resultado em mais de um ano, com contínuos temores de que Pequim poderá adotar medidas adicionais de aperto, apesar de, em editorial do jornal estatal China Securities, o governo indicar o contrário. O índice Xangai Composto caiu 1,2% e encerrou aos 2.555,94 pontos, a menor pontuação desde 30 de abril de 2009. O índice Shenzhen Composto baixou 1,4% e terminou aos 983,87 pontos.O yuan teve ligeira queda ante o dólar por conta de expectativas de que Pequim manterá sua estável política econômica em meio à crise de débito na Europa e às vésperas de encontro em nível de gabinete entre EUA e China na semana que vem. Mas os contratos de dólar futuro subiram fortemente por conta da demanda pela divisa americana uma vez que os investidores estão céticos quanto se a recuperação do euro ante o dólar é sustentável. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,8279 yuans, de 6,8274 yuans do fechamento de quarta-feira.A Bolsa de Taipé, em Taiwan, teve a quarta sessão seguida de perdas. O índice Taiwan Weighted baixou 1,8% e fechou aos 7.424,43 pontos.Na Coreia do Sul, pesou também a incerteza geopolítica causada pela divulgação do resultado da perícia internacional sobre o afundamento de uma corveta sul-coreana em 26 de março. A investigação concluiu que o incidente foi causado por um torpedo disparado de um submarino da Coreia do Norte, acentuando a crise entre os países. O índice Kospi da Bolsa de Seul perdeu 1,8% e fechou aos 1.600,18 pontos.No mercado australiano, a tensão entre as Coreias também contribuiu para estimular a venda de ações. O índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney fechou em queda de 1,6%, terminando aos 4.316,5 pontos, o nível mais baixo dos últimos nove meses.A Bolsa de Manila, nas Filipinas, fechou com o índice PSE em queda de 0,3%, encerrando aos 3.213,80 pontos.A Bolsa de Cingapura teve baixa, com as ações relacionadas a commodities particularmente afetadas por conta dos crescentes temores de que os problemas de dívidas soberanas europeias dificultarão a recuperação econômica global. O índice Straits Times caiu 0,8% e fechou aos 2.753,51 pontos.O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, recuou 1,3% e fechou aos 2.694,25 pontos, com as perdas lideradas por vendas por parte de estrangeiros de blue chips em meio a crescentes preocupações sobre o contágio da crise de débito europeia; a indicação do CEO do Banco Mandiri, Agus Martowardojo, para ministro das Finanças não surtiu o efeito esperado no sentimento do mercado apesar das expectativas de continuidade da política econômica.O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, caiu 0,3% e fechou aos 1.304,02 pontos, somando na semana perdas de quase 3,0%; a aproximação do nível psicológico de suporte de 1.300 pontos pressionou as vendas. As informações são da Dow Jones.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.