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Bolsas da Europa encerram em queda por Chipre e dados dos EUA

Indicadores econômicos ruins nos Estados Unidos e incertezas quanto ao resgate do Chipre pesaram sobre os mercados acionários

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Por Redação
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As Bolsas da Europa fecharam em queda nesta sexta-feira, após diversos indicadores econômicos negativos nos Estados Unidos e as incertezas em relação ao resgate do Chipre. O índice pan-europeu Stoxx 600 perdeu 0,9%, fechando a 292,39 pontos.

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O foco das atenções, que esteve desde a semana passada sobre os efeitos do relaxamento monetário agressivo no Japão, se voltou para a Europa nesta sessão, quando os ministros das Finanças da zona do euro, o chamado Eurogrupo, se reuniram, e a incerteza sobre o resgate do Chipre ressurgiu.

Antes da reunião do Eurogrupo, o Ministério das Finanças cipriota negou os relatos da imprensa de que a ilha pediria mais dinheiro, além dos 10 bilhões de euros aprovados anteriormente, por causa dos custos mais altos do que o previsto do resgate.

Os ministros de Finanças da zona do euro divulgaram um comunicado no fim do encontro, afirmando que todos os elementos necessários estão prontos para que sejam iniciados os procedimentos nacionais para aprovação formal do programa de resgate internacional de 10 bilhões de euros do Chipre. Além disso, eles concordaram em estender os vencimentos dos empréstimos de resgate da Irlanda e Portugal em uma média de sete anos, em um esforço para ajudar a facilitar o retorno dos dois países aos mercados de dívida.

A produção industrial da zona do euro avançou 0,4% em fevereiro. Nos EUA, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) caiu 0,6% em março ante fevereiro. A confiança do consumidor recuou para 72,3 em abril, segundo leitura preliminar da Reuters/Universidade de Michigan. Analistas esperavam uma leitura de 79. Enquanto isso, as vendas no varejo tiveram queda mensal de 0,4% em março, quando a previsão era de retração bem menor, de 0,1%. E os estoques das empresas subiram apenas 0,1% em fevereiro ante janeiro, ante projeção de alta de 0,5%.

Nesse cenário, o índice FTSE da Bolsa de Londres perdeu 0,49%, fechando a 6.384,39 pontos. Na semana, entretanto, o indicador subiu 2,15%. Em Paris, o CAC-40 recuou 1,23%, encerrando a 3.729,30 pontos. No acumulado da semana, houve alta de 1,80%. O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, caiu 1,61% e fechou a 7.744,77 pontos. No resultado semanal, o avanço foi de 1,12%.

No noticiário corporativo, as ações da companhia química alemã K+S caíram 3,9%, após terem sua recomendação rebaixada por uma analista. A Volkswagen perdeu 3,3%, depois de informar que suas vendas recuaram 5,9% no primeiro trimestre deste ano. Outras montadoras seguiram o movimento, como a Peugeot, que teve desvalorização de 3,4%.

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Os bancos também tiveram um desempenho fraco (Banco Popolare -3,9%, Commerzbank -2,8%, Deutsche Bank -3,6% e Credit Agricole -2,8%). A mineradora de Randgold Resources teve desvalorização de 4,6%, após os preços do metal caírem para o menor nível desde julho de 2011. Já a Telecom Italia avançou 3,8%, depois que seu conselho aprovou na véspera as negociações para uma possível fusão da divisão de telefonia celular com a Hutchison Whampoa.

Em outras praças, o índice FTSE-Mib, da Bolsa de Milão, perdeu 1,50%, fechando a 15.780,08 pontos. Na Bolsa de Madri o IBEX-35 recuou 1,46%, para 8.040,40 pontos. Em Lisboa o PSI-20 teve retração de 0,27%, a 5.923,09 pontos. As informações são da Dow Jones.

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