16 de setembro de 2013 | 07h48
No sábado, 14, Rússia e EUA anunciaram que chegaram a um entendimento com relação a uma estrutura ampla para coordenar a destruição dos arsenais de armas químicas da Síria. Sob o acordo, o presidente sírio, Bashar Assad, precisa relacionar inteiramente seus estoques de armas químicas à Organização para a Proibição das Armas Químicas, com sede em Haia, até sexta-feira, 20.
A notícia de que Summers desistiu da corrida pela presidência do Fed também beneficia as bolsas, já que ele é conhecido como "hawk", ou seja, favorável a uma redução dos estímulos à economia dos EUA. Com a retirada de Summers, o caminho fica livre para Janet Yellen, que é diretora do Fed e tem proximidade com o pensamento de Ben Bernanke, atual presidente do banco central norte-americano. "Muitos investidores veem a provável continuidade política que Yellen ofereceria como sinal positivo para os mercados financeiros", comentou Matt Basi, analista da Markets.
Dentro da Europa, outro fator de impulso às bolsas foi a vitória da União Social Cristã (CSU), parceiro da coalizão de Merkel, nas eleições da Baviera realizadas ontem. O CSU obteve a maioria absoluta das cadeiras do Parlamento regional. No entanto, o Partido Liberal Democrata (FDP), que também faz parte do governo da Alemanha, junto com a União Democrata Cristã (CDU), não conseguiu a proporção de 5% dos votos necessários para ser representado na região - o que significa que pode ser difícil para Merkel manter sua coalizão nas eleições nacionais.
As bolsas também recebem força dos dados que mostraram inflação sob controle na zona do euro. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do bloco teve alta de 1,3% em agosto, menos do que o aumento anual de 1,6% registrado em julho. "Não é preciso dizer, a inflação permanece extremamente contida na zona do euro e justifica inteiramente a atual política monetária acomodatícia", afirmaram analistas da Newedge.
Às 7h24 (pelo horário de Brasília), Londres subia 0,82%, Frankfurt avançava 1,21%, Madri ganhava 0,68% e apenas Lisboa operava em baixa, com -0,20%. No mercado de câmbio, o dólar é pressionado pela perspectiva de continuidade da política do Fed e caía para 98,92 ienes, de 99,39 ienes no fim da tarde de sexta-feira, 13, enquanto o euro subia para US$ 1,3345, de US$ 1,3295.
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