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Bolsas de NY abrem em alta com auxílio-desemprego

Às 10h44 (de Brasília), o Dow Jones subia 0,29%; o Nasdaq registrava alta de 0,42%e o S&P 500 avançava 0,41%

Por Luciana Xavier e da Agência Estado
Atualização:

As Bolsas de Nova York abriram em alta hoje. Ainda que o mercado de trabalho venha se mostrando um entrave à retomada econômica dos Estados Unidos, os números vindos dos pedidos de auxílio-desemprego foram melhores do que o esperado. Às 10h44 (de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,29% aos 10.089,72 pontos; o Nasdaq registrava alta de 0,42% para 2.150,52 pontos e o S&P 500 avançava 0,41% aos 1.059,61 pontos. O número de pedidos de auxílio-desemprego caiu 31 mil para 473 mil na semana até 21 de agosto, mais do que os 10 mil esperados por analistas. Bons ventos também sopram do lado corporativo, com o anúncio de compra da 3Par pela Dell, e com dados vindos da Alemanha, que mostrou que a confiança dos empresários daquele país subiu para o melhor resultado em três anos. Isso não significa que o investidor tenha abandonado a cautela. É apenas um momento para tomar fôlego enquanto espera o PIB revisado do 2º trimestre, que deve ficar bem baixo dos atuais 2,4% segundo analistas, e pelo discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, ambos amanhã, e que devem dar sinais mais claros sobre a saúde dos Estados Unidos e o que mais o Fed poderá fazer para estimular a economia. Como se os sinais vistos já não fossem desanimadores o bastantes. Números de vendas de imóveis residenciais usados e novos esta semana mostraram que o mercado imobiliário segue anêmico, enquanto as encomendas de bens duráveis também se revelaram mais fracas que o esperado. Logo mais, às 13h (de Brasília), saem ainda os dados sobre a atividade industrial do meio-oeste dos EUA. O profeta do Apocalipse Nouriel Roubini disse hoje no programa de TV Squawk Box do CNBC que o segundo semestre será bem pior do que o primeiro, crescendo abaixo de 1%, sendo que o 3º trimestre deve crescer mais perto de zero. Segundo ele, as chances de um duplo mergulho subiram para 40% após a divulgação recente de vários indicadores. No front corporativo, a notícia do dia é que a Dell voltou ao jogo para ganhar, informando que a 3Par aceitou sua segunda proposta de compra, que subiu de US$ 18 por ação para US$ 24,30 por ação, deixando para trás a proposta da Hewlett-Packard, de US$ 24 por ação. A HP, por sua vez, anunciou que pretende comprar a companhia de tecnologia de database, de Denver, por quantia não revelada. Ainda que a BHP Biliton tenha dito que não pretende aumentar sua oferta pela canadense Potash, o chefe executivo da BHP disse que virá para a América do Norte esta semana para tentar convencer acionistas da canadense Potash a aceitar a oferta hostil de US$ 30 bilhões. A Shell e a Cosan concluíram ontem as negociações para a criação de uma joint venture, com valor estimado de US$ 12 bilhões, e que envolve ativos de açúcar, etanol, cogeração e distribuição e comercialização de combustíveis no Brasil.

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