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Bolsas de NY aceleram queda em dia de tensão

Os índices acionários ficaram próximos de registrar uma correção de 10% em relação às máximas de 2010

Por Clarissa Mangueira e da Agência Estado
Atualização:

As bolsas norte-americanas operam em queda com a crescente preocupação sobre a zona do euro levando investidores a deixar ativos de risco. Os principais índices do mercado caem abaixo das médias móveis dos últimos 200 dias e estão próximos de correções técnicas. Os investidores afirmaram que dados econômicos divulgados mais cedo no país também contribuíram para o mau humor do mercado. A greve na Grécia e o temor de que a decisão da Alemanha, de proibir vendas a descoberto, possa ser adotada por outros países provocam fuga em muitos mercados. Nos EUA, as ações ligadas a commodities e empresas menores sofreram o impacto dessa saída.

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"As economias europeias estão afetando as bolsas norte-americanas e os mercados globais em geral", disse Andrew Fitzpatrick, diretor de investimentos da Hinsdale Associates. "Os mercados estão mais correlacionados agora do que nunca", acrescentou o analista.

Às 12h50, o Dow Jones operava com queda de 250,36 pontos, ou 2,40%, para 10.194,71 pontos. O S&P 500 declinava 29,24 pontos, ou 2,62%, para 1085,81. A venda se intesificou depois que os índices caíram abaixo da média móvel de 200 dias, em 10.258 pontos e 1.102 pontos. O Nasdaq recuava 68,09 pontos, ou 2,96%, para 2.230,96 pontos.

Durante a sessão, os índices acionários dos EUA recuaram abaixo de importantes níveis técnicos e ficaram próximos de registrar uma correção de 10% em relação às máximas de 2010, observadas no mês passado. O S&P 500 caiu abaixo do importante nível de 1.100 pontos, apresentando um recuo de 3,4%, para 1.076 pontos. Se o índice permanecer abaixo de 1.096 pontos, ele terá recuado mais que 10% em comparação com sua máxima em 52 semanas. O Nasdaq também ficou perto de uma correção técnica, mais cedo, caindo mais que 11% em comparação com a máxima de fechamento neste ano. O índice recuou 3,5%, para 2.218 pontos.

O índice CBOE Market Volatility subiu 16%, para 40.90, refletindo o aumento do desconforto no mercado.

Mais cedo, o Departamento de Trabalho dos EUA afirmou que o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego subiu 25 mil, para 471 mil, após ajustes sazonais, na semana até 15 de maio.

Segundo Fitzpatrick, a notícia coloca em questão a recuperação econômica dos EUA. "Há menos motivos para acreditar que o crescimento vai continuar. É por isso que você vê os metais e do petróleo caírem", ressaltou o diretor da Hinsdale Associates. As informações são da Dow Jones.

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