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Bolsas de NY despencam com medo de inflação elevada

Por Agencia Estado
Atualização:

As bolsas norte-americanas cedem com a avaliação de que o relatório sobre os preços ao consumidor, divulgado nesta manhã, oferece vários sinais de pressão inflacionária, o que pode remeter o Fedederal Reserve (o banco central dos Estados Unidos) a manter o juro do país em alta. Às 12h43 (de Brasília), o índice Dow Jones despencava 1,45% e o Nasdaq recuava 1,31%. O índice S&P 500 cedia 0,73%. A elevação de 0,6% do índice de preços ao consumidor (CPI) em abril foi a maior desde janeiro e o núcleo do CPI sobe à taxa de 0,3% por dois meses consecutivos. A variação do núcleo surpreendeu os economistas, que apostavam em aumento de 0,2%. Grande parte da alta do núcleo é proveniente de custos com moradia, que avançaram 0,3% em abril, respondendo por cerca de metade do núcleo do CPI. Economistas ouvidos pelo site MarketWatch disseram que os custos com moradia foram impulsionados pela elevação nos aluguéis. Os aluguéis vêm em ritmo de alta, com o repasse da elevação dos preços dos imóveis. Eles dizem ainda que o aumento das taxas de empréstimo imobiliário fez crescer a demanda por aluguel de imóveis. Outros pontos observados pelos especialistas no relatório do CPI são a alta acumulada pelos preços em 12 meses, de 3,5%, acima do acumulada de março, de 3,4%; enquanto o núcleo registrou a mesma tendência, acumulando ganho de 2,3% em 12 meses até abril, de 2,1% em 12 meses até março. Nos quatro primeiros meses do ano, a inflação sobe à taxa anual de 5,1%. Em 2005, a taxa de inflação foi de 3,4%. Excluindo alimentos e energia, o núcleo do CPI acumula alta anual de 3% em 2006, contra aumento de 2,2% em todo o ano de 2005. O núcleo da inflação está no topo da zona de conforto do Fed, disseram economistas ao MarketWatch. Entre as poucas ações em alta na Bolsa de Nova York estão as da Hewlett-Packard (+4%), que previu lucro para o terceiro trimestre fiscal de US$ 0,48 por ação, excluindo alguns itens, com base em vendas projetadas de US$ 21,8 bilhões, em conformidade com a projeção consensual de analistas. No segundo trimestre fiscal, a HP lucrou US$ 1,46 bilhão, ou US$ 0,51 por ação, na comparação ao resultado líquido de US$ 966 milhões, ou US$ 0,33 por ação no mesmo período do ano passado. Excluindo despesas e um item extraordinário, o lucro foi de US$ 1,6 bilhão, ou US$ 0,54 por ação, superando o resultado de US$ 0,49 por ação previsto por analistas.

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