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Bolsas de NY recuam após PIB fraco dos EUA

O índice de preços das compras brutas domésticas subiu apenas 0,1%, após alta de 2,1% no primeiro trimestre

Foto do author Cynthia Decloedt
Por Cynthia Decloedt (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

O relato do governo dos EUA sobre o desempenho da economia no segundo trimestre reforçou a tese de enfraquecimento no ritmo da recuperação e deve manter os índices acionários norte-americanos no campo negativo hoje. O governo disse ainda que a recessão foi mais profunda do que o anteriormente calculado, ao revisar os números do Produto Interno Bruto (PIB) a partir de 2007. Ao mesmo tempo, os indicadores de inflação do PIB mostraram queda na pressão sobre os preços, corroborando debates cada vez mais frequentes sobre os riscos de deflação nos Estados Unidos.

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Ontem, o presidente do Federal Reserve Bank de St. Louis, James Bullard, disse que a política do Fed, de manter sua taxa básica de juros próxima de zero "por um período prolongado" poderá ter o efeito contraproducente de encorajar uma armadilha de deflação semelhante à do Japão. Para ele, o risco é de os EUA ficarem "emaranhados em um resultado deflacionário no estilo japonês por vários anos", escreveu Bullard em um artigo.

O núcleo do índice de preços para gastos com consumo pessoal (PCE), que exclui variações de preços nos segmentos de energia e alimentos, subiu 1,1% no segundo trimestre, o menor porcentual desde o primeiro trimestre de 2009; já o índice cheio avançou 0,1%, desacelerando fortemente de alta de 2,1% no primeiro trimestre. O índice de preços das compras brutas domésticas subiu apenas 0,1%, após alta de 2,1% no primeiro trimestre.

A economia dos EUA se desacelerou no segundo trimestre deste ano para um crescimento de 2,4%, após expansão revisada de 3,7% no primeiro trimestre. O Departamento do Comércio dos EUA revisou para baixo as projeções do PIB desde 2007, mostrando que entre o quarto trimestre de 2007 e o segundo trimestre de 2009 o PIB real norte-americano declinou à taxa média anual de 2,8%. Anteriormente, essa estimativa era de contração de 2,5%.

Às 10h37 (de Brasília), o Dow Jones perdia 0,94% para 10.370,28 pontos, o Nasdaq tinha declínio de 1,27% aos 2.223,32 pontos e o S&P 500 cedia 1,08% para 1.089,60 pontos.

Este é o último pregão de um mês particularmente forte para o mercado acionário norte-americano. O índice Dow Jones e o S&P 500 caminham para o primeiro ganho mensal desde abril e o maior desde julho de 2009. Até o fechamento de ontem, o Dow Jones acumulava alta levemente superior a 7% em julho e o S&P 500, de 6,87%; o Nasdaq acumula alta também superior a 6%.

Os ganhos refletem, em grande parte, o resultado de várias empresas que superaram a previsão dos analistas. As informações são das agências internacionais.

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