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Bolsas da Europa voltam a cair, com queda de commodities e preocupações com inflação

Forte queda nos preços do petróleo e dos metais básicos pressiona ações ligadas a commodities

Por Sergio Caldas
Atualização:

As Bolsas europeias operam em baixa na manhã desta quarta-feira, 22, revertendo ganhos desta semana, à medida que uma forte queda nos preços do petróleo e dos metais básicos pressiona ações ligadas a commodities e após dados que evidenciam o salto da inflação no Reino Unido reforçarem temores sobre a perspectiva econômica.

Por volta das 7h05, o índice pan-europeu Stoxx 600 caía 1,63%, a 401,93 pontos. Apenas o setor de petróleo e gás tinha queda de 3,6% e o de mineração recuava quase 4%.

Os futuros do petróleo sofreram tombos de mais de 4% nesta madrugada, em meio a pressões do presidente dos EUA para reduzir custos de combustíveis. Foto: Sérgio Castro/Estadão

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Nesta madrugada, os futuros do petróleo sofreram tombos de mais de 4% em meio a pressões do presidente dos EUA, Joe Biden, para reduzir os custos de combustíveis e temores renovados de que aumentos de juros por grandes bancos centrais levem a economia global a uma recessão.

Ainda nesta manhã, a atenção vai se voltar para uma fala do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, no Senado americano. Na semana passada, o Fed promoveu seu maior aumento de juros desde 1994, em nova tentativa de combater a disparada da inflação, alimentando temores de efeitos recessivos. Além de Powell, outros dirigentes do Fed falam ao longo do dia.

No Reino Unido, a inflação acelerou para 9,1%, renovando máxima em quatro décadas. Também na última semana, o Banco da Inglaterra (BoE) elevou seu juro básico pela quinta vez seguida, igualmente reagindo à inflação elevada.

Mais cedo, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, previu que a inflação na zona do euro deverá se manter perto do atual nível recorde nos próximos meses e começar a desacelerar após o verão europeu. O BCE vem se preparando para começar a aumentar seus juros a partir de julho.

A inflação global, que já vinha ganhando força na esteira da pandemia de covid-19, foi ainda mais impulsionada pelos efeitos da guerra na Ucrânia, principalmente nos preços de energia.

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Às 7h20, a Bolsa de Londres caía 1,47%, a de Frankfurt recuava 2,02% e a de Paris cedia 1,81. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 2,33%, 1,75% e 1,54%, respectivamente. 

*Com informações da Dow Jones Newswires 

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