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Bolsas europeias acumulam perdas na semana e no mês

Também pesou a ausência de consenso entre congressistas dos EUA a respeito do aumento no teto da dívida

Por Gustavo Nicoletta (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

Os principais índices dos mercados de ações da Europa terminaram em baixa depois de dados mostrarem que a economia dos EUA cresceu menos do que o esperado no segundo trimestre. Também pesou sobre as bolsas a preocupação dos investidores com a ausência de um consenso entre os congressistas dos EUA a respeito do aumento no teto da dívida norte-americana. Outro fator negativo foi o anúncio da Moody''s de que colocou o rating de crédito da Espanha em observação para potencial rebaixamento.O Departamento do Tesouro dos EUA já alertou que se não houver aumento no limite de endividamento do governo federal até terça-feira, dia 2 de agosto, o país perderá a capacidade para financiar seus gastos e correrá o risco de deixar de pagar encargos relacionados às suas dívidas. Ontem, a Câmara dos Representantes pretendia votar um projeto do partido republicano para elevar o teto da dívida, mas a votação acabou sendo cancelada. O plano, ainda que fosse aprovado, tinha poucas chances de passar pelo Senado, que possui maioria democrata. Além disso, dados divulgados pelo Departamento de Comércio dos EUA mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 1,3% entre abril e junho, menos do que a alta de 1,8% esperada por analistas. O órgão também divulgou que a expansão da economia no primeiro trimestre, originalmente fixada em 1,9%, foi revisada para 0,4%."Com tantas coisas acontecendo e tantas variáveis para avaliar, é realmente difícil dizer que as ações são um bom lugar para colocar dinheiro, não importa o quanto as pessoas digam que elas estão baratas", disse Simon Denham, diretor da Capital Spreads. O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 1,83 ponto, ou 0,69%, para 265,25 pontos. Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 recuou 58,02 pontos, ou 0,99%, para 5.815,19 pontos. Em Paris, o CAC 40 perdeu 39,89 pontos, ou 1,07%, para 3.672,77 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o Xetra DAX fechou em baixa de 31,29 pontos, ou 0,44%, a 7.158,77 pontos.Em Milão, o índice FTSE MIB caiu 124,34 pontos, ou 0,67%, para 18.433,68 pontos. O IBEX 35, da Bolsa de Madri, recuou 26,30 pontos, ou 0,27%, para 9.630,70 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve queda de 10,82 pontos, ou 0,16%, para 6.893,27 pontos. O ASE, da Bolsa de Atenas, perdeu 5,40 pontos, ou 0,45%, para 1.204,15 pontos.Na semana, o ASE liderou as perdas, caindo 6,37%, seguido por FTSE MIB (-5,28%), CAC 40 (-4,42%), IBEX 35 (-4,26%), PSI 20 (-2,57%), Stoxx 600 (-2,49%), Xetra Dax (-2,29%) e FTSE 100 (-2,02%). No mês, o índice que acumulou mais perdas foi o FTSE MIB (-8,68%), seguido por CAC 40 (-7,77%), IBEX 35 (-7,04%), PSI 20 (-5,87%), ASE (-5,85%), Xetra DAX (-2,95%), Stoxx 600 (-2,79%) e FTSE 100 (-2,19%).Na sessão de hoje, os bancos ficaram entre os destaques, com Crédit Agricole recuando 2,4% em Paris depois de ter anunciado ontem que as perdas em suas unidades na Grécia vão pesar nos resultados do segundo trimestre. Entre outros bancos franceses, o Société Générale caiu 2,4% e o BNP Paribas perdeu 2%.A Schneider Electric fechou em baixa de 1,5% depois de anunciar resultados para o primeiro semestre que ficaram aquém das expectativas de analistas. A Michelin divulgou que o aumento nos custos com matérias-primas pode deixar o fluxo de caixa da companhia negativo. As ações da empresa recuaram 4,2%.A Vodafone subiu 4% em Londres depois de a Verizon Wireless - sua joint venture com a Verizon Communications - divulgar que pagará às duas companhias um dividendo de aproximadamente US$ 10 bilhões. As informações são da Dow Jones.

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