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Bolsas europeias divergem com dúvidas sobre ritmo da economia

Índice pan-europeu Stoxx 600 perdeu 0,08%, para 255,35 pontos

Por Álvaro Campos e da Agência Estado
Atualização:

As bolsas europeias fecharam perto da estabilidade, divididas entre o receio com o vigor da economia mundial e o otimismo trazido pelos anúncios de acordos corporativos entre grandes empresas. O índice pan-europeu Stoxx 600 perdeu 0,08%, para 255,35 pontos, após ter acumulado queda de 1,2% na semana passa em meio às preocupações com o ritmo de crescimento global. Hoje as bolsas europeias foram influenciadas por dados que mostraram uma forte desaceleração na expansão econômica do Japão de 0,4% no segundo trimestre do ano, ante igual trimestre do ano passado, bem abaixo das expectativas do mercado. Isso pressionou as ações de alguns bancos da Europa. Por outro lado, o índice Empire State de atividade industrial do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de Nova York mostrou leve melhora em relação a junho, subindo para 7,10 em julho, mas ficou abaixo da leitura esperada por economistas, de 8,5. Já o índice de sentimento de confiança das construtoras norte-americanas caiu para 13 pontos em agosto, de 14 em julho. A média das projeções dos analistas era de 15 pontos. Gary Jenkins, estrategista da Evolution Securities, apontou que na sexta-feira da semana passada dados do banco central da Espanha mostraram que as instituições financeiras do país tomaram emprestado uma quantia recorde de 130,2 bilhões de euros (US$ 166,6 bilhões) do Banco Central Europeu em julho, o que mostra como o sistema bancário espanhol permanece dependente do apoio do banco central. Na Bolsa de Londres, o índice FT-100 fechou com pequeno ganho de 0,01%, a 5.276,10 pontos, bem acima da mínima intraday, de 5.228,60 pontos. Para o analista Yusuf Heusen, a sessão foi tranquila. "Houve poucos acontecimentos na agenda local para fornecer uma direção consistente, e os traders liquidaram posições como resultado". A mineradora Vedanta Resources subiu 4,87% após anunciar que vai adquirir o controle da Cairn Energy num acordo que deve somar entre US$ 8,5 bilhões e US$ 9,6 bilhões. Os papéis da Cairn avançaram 5,32%. A BP caiu 1,60% e o banco Lloyds, -1,18%. Na Bolsa de Frankfurt, o índice Xetra DAX fechou estável, em 6.110,57 pontos, após ter flutuado durante toda a sessão, com um pequeno volume de negócios. A farmacêutica Merck avançou 2,37%, após ter sua recomendação elevada pelo JPMorgan. Sua rival Celesio perdeu 1,51%. A construtora Hochtief subiu 5,56%, após divulgar um balanço melhor do que o esperado para o segundo trimestre. A montadora Daimler teve ganho de 2,07% e a fabricante de cimento Heidelberg subiu 2,66%. O Deutsche Bank caiu 1,64%. O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, fechou em queda de 0,37%, em 3.597,60 pontos. O banco BNP Paribas perdeu 1,30%, o Société Générale -1,08% e o Dexia, -1,16%. A GDF Suez caiu 1,51%, após a divulgação de notícias de que a empresa seria uma das quatro que disputam uma oferta por uma participação majoritária na companhia energética polonesa Energa. A Essilor (fabricante de produtos oftalmológicos) ganhou 1,62% e a Schneider Electric subiu 0,91%, com investidores buscando refúgio em ações consideradas defensivas. O índice FTSE-MIB, da Bolsa de Milão, fechou em baixa de 0,31%, em 20.409,06 pontos. Na Bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou em queda de 0,17% em 10.258,30 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 fechou em alta de 0,35%, em 7.325,50 pontos. As informações são da Dow Jones.

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