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Bolsas européias fecham em alta com varejo e bancos

Por Agencia Estado
Atualização:

As bolsas européias fecharam em alta, depois que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), na leitura de parte do mercado, abriu, ontem, a possibilidade de abandonar o viés de alta na política monetária. O índice DAX Xetra 30, da Bolsa de Frankfurt, fechou em alta de 2,2%, em 6.856,96 pontos. O FTSE 100, da Bolsa de Londres, subiu 1% para 6.318,00 pontos e o CAC-40, de Paris, avançou 1,8% para 5.598,37 pontos. "O comunicado do Fed abandonou a noção de que uma firmeza adicional poderá ser necessária e declarou que os indicadores econômicos recentes foram mistos. Isso é mais suave do que antes e pode ser lido como um afastamento do um viés agressivo anterior", disse Kenneth Broux, do Lloyds TSB Corporate Markets. As ações do setor de construção, sensíveis aos juros, tais como Saint Gobain e Acciona subiram mais de 1,3%. No setor bancário, as ações do ING Group subiram 2,7% depois de informes de que o maior banco da Holanda busca uma aquisição em seu mercado doméstico e contratou o Goldman Sachs e o J.P. Morgan para avaliar possíveis negócios. Os principais alvos do ING são os outros três grandes bancos na região da Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo), disse o jornal financeiro holandês Het Financieele Dagblad, citando pessoas próximas à questão. Os bancos citados, Dexia, Fortis e KBC, subiram, respectivamente, 4,2%, 4,4% e 4,2%. As ações de vários bancos também avançaram. O Deutsche Bank ganhou 2,8%, o Credit Suisse, 3,3% e o UBS, 2%. As ações da Next, cadeia de roupas do Reino Unido, subiram 6,6%. A empresa informou que seu lucro líquido subiu 6% para 331,5 milhões de libras no ano fiscal. A varejista também disse que as vendas em sete semanas cresceram 4,4%, acima das expectativas dos analistas. O supermercado holandês Ahold apresentou ganhos mais modestos. Suas ações subiram 0,4% após o lucro líquido no quarto trimestre quase dobrar para 204 milhões de euros. O Ahold vai elevar seu programa de recompra para 3 bilhões de euros, de 2 bilhões de euros. As companhias aéreas também foram destaques nas notícias, depois que o ministro de Transportes da União Européia endossou um acordo com os EUA para iniciarem a desregulamentação das viagens aéreas no Atlântico. As ações da British Airways viram suas ações subirem 1,3%, as da Deutsche Lufthansa ganharam 1,5%, as da Air France-KLM subiram 2,2% e as da irlandesa Aer Lingus avançaram 3,6%. Os papéis da Alcatel-Lucent cederam 1,4%. O Goldman Sachs rebaixou a recomendação para as ações da fabricante de equipamentos de telecomunicações franco-americana de compra para neutra, afirmando que a receita da empresa está em "queda livre" por causa de questões de integração. O banco de investimento não espera uma recuperação das vendas antes do terceiro trimestre. Enquanto isso, as ações da Nokia subiram 3,8% depois que o Credit Suisse disse que estava sugerindo "negócio de compra" para a fabricante finlandesa de celulares por causa do alerta de lucro da Motorola, embora esteja mantendo a recomendação neutra. Em Madri, o IBEX 35 fechou em alta de 1,3% em 14.490,1 pontos. O setor financeiro liderou os ganhos, estimulado pelas especulações de consolidação na Europa. A seguradora Mapfre subiu 2,4%, enquanto o Santander terminou em alta de 2%. Em Lisboa, o índice PSI 20 fechou em alta de 0,9% em 11.656,03 pontos. Sonae subiu 4,9% ainda reagindo aos bons resultados divulgados na terça-feira e o anúncio bem recebido de um novo executivo-chefe. Na terça-feira à noite, a Sonae informou que proporá que o executivo-chefe Belmiro de Azevedo seja substituído por seu filho Paulo Azevedo na próxima assembléia de acionistas em 3 de maior. A EDP subiu 1,2% e a Galp ganhou 0,8%, num dia em que uma conferência sobre energia renovável colocou o setor em foco. Entre os bancos, BCP avançou 0,4% e o BPI subiu 1,1%, depois que o regulador do mercado deu luz verde para um acordo entre o BCP e o espanhol Santander, que poderá abrir caminho para o BCP adquirir o BPI. As informações são da agência Dow Jones.

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