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Bolsas européias fecham em baixa, apesar de índices

Por Agencia Estado
Atualização:

As Bolsas européias fecharam em queda, algumas delas nos níveis mais baixos dos últimos sete meses, depois de os indicadores norte-americanos de vendas no varejo e preços ao produtor mostrarem-se insuficientes para aliviar os temores quanto às taxas de juro e a uma desaceleração econômica. O índice FT-100, da Bolsa de Londres, fechou em queda de 101,3 pontos (1,80%), em 5.519,6 pontos. As ações das mineradoras voltaram a estar entre as que mais caíram, em reação às baixas dos preços dos metais (Anglo American -3,65%, Antofagasta -5,39%, BHP Billiton -4,76%, Kazakhmys -7,10%, Rio Tinto -3,34%, Xstrata -4,01%). As da Alliance & Leicester, do setor financeiro, caíram 5,55%, depois de seu potencial comprador, o francês Crédit Agricole, anunciar uma oferta de ? 3,1 bilhões pelo Emporiki Bank, da Grécia Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 fechou em queda de 105,59 pontos (2,24%), em 4.617,59 pontos. A única componente do CAC a subir foi Vinci (+1,77%), em meio a especulações de que a Veolia poderá fazer uma oferta pela empresa (as ações da Veolia caíram 2,56%). As ações do setor de tecnologia sofreram quedas fortes (Thomson -3,72%, CapGemini -3,66%). As da Bull caíram 31%, depois de um alerta de queda nos lucros. Na Bolsa de Frankfurt, o índice Xetra-DAX fechou em queda de 103,41 pontos (1,92%), em 5.292,14 pontos. Um operador disse que o movimento de queda já não parece ser de curto prazo e que muitos investidores começaram a ajustar suas posições aos níveis mais baixos; o Dax teria novo nível de suporte em 5.000 pontos e de resistência em 5.320 pontos. Entre as ações que mais caíram estavam as do setor financeiro (Commerzbank -4,98%); as da Deutsche Börse caíram 5,28%, espelhando as quedas das ações de outras operadoras de Bolsas, como London Stock Exchange e Euronext. No setor farmacêutico, as ações da Bayer caíram 5,33%, com o mercado descartando uma aquisição rápida da Schering. Na Bolsa de Milão, o índice S&P-Mib fechou em queda de 495 pontos (1,40%), em 34.928 pontos. Operadores disseram que o mercado adotou uma tendência de queda que provavelmente não será afetada por indicadores macroeconômicos positivos. Entre as ações que mais caíram estavam San Paolo IMI (-4,55%), Fondiaria (-3,99%) e Bulgari (-3,21%). Na Bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou em queda de 233,90 pontos (2,12%), em 10.797,50 pontos. Entre as ações que mais caíram estavam as dos setores de mídia e construção (Telecinco -2,31%, Ferrovial -4,29%, Sogecable -5,46%). No setor financeiro, as ações do BBVA caíram 1,65%, depois de o banco dizer que não pretende fazer novas aquisições nos EUA no médio prazo. Um operador disse que o Ibex tem nível de suporte em 10.710 pontos e que o mercado deverá se recuperar no curto prazo. Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 fechou em queda de 168,84 pontos (1,79%), em 9.267,68 pontos. A queda de hoje foi a maior, num único dia, dos últimos dois anos. Os volumes foram reduzidos, por causa de um feriado local. As ações do Banco Comercial Português caíram 3,57%, as da Energias de Portugal recuaram 1,04% e as da Portugal Telecom perderam 1,98%. As informações são da Dow Jones.

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