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Bolsas europeias fecham em queda por receios com dívidas soberanas

Investidores mantêm seus olhos alertas por detalhes de uma possível emissão de bônus do governo grego 

Por André Lachini e da Agência Estado
Atualização:

As bolsas europeias fecharam em baixa, interrompendo uma série de cinco sessões de ganhos, à medida que as empresas farmacêuticas pesaram sobre os índices. O índice pan-europeu Dow Jones Stoxx 600 caiu 0,3% para 249,67 pontos. Na semana passada, o Stoxx 600 obteve ganhos todos os dias e fechou a semana com um avanço de 3,9%.

 

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"Nós recomendamos a venda após os ganhos, devido ao aperto monetário e às preocupações fiscais soberanas", disseram os estrategistas de ações do Morgan Stanley.

 

As preocupações a respeito da dívida da Grécia pareciam ter sido postas de lado nesta segunda-feira, 22, com o índice de ações de Atenas ASE Composite fechando em alta de 1,5% a 1.957,39 pontos, enquanto as ações do Alpha Bank subiram 4,3% e do Banco Nacional da Grécia avançavam 4,4%.

 

Os investidores mantêm seus olhos alertas por detalhes de uma possível emissão de bônus do governo grego, enquanto continuam os rumores sobre um suposto plano da Alemanha desenhado para garantir que a dívida soberana da Grécia não entre em moratória.

 

Nos índices regionais, o FTSE da Bolsa de Londres perdeu 0,11% para 5.352,07 pontos, enquanto o índice Dax da Bolsa de Frankfurt caiu 0,59% para 5.688,44 pontos. O índice CAC-40 da Bolsa de Paris recuou 0,34% para 3.756,70 pontos, enquanto o índice IBEX35 da Bolsa de Madri recuou 0,99% para 10.570,50 pontos.

 

O setor farmacêutico esteve hoje em foco. As ações da GlaxoSmithKline caíram 2,6%. Uma reportagem no website do jornal New York Times no final de semana questionou a segurança de um medicamento da empresa contra o diabetes, o Avandia. A GlaxoSmithKline negou qualquer problema com a droga num comunicado em seu website, em resposta ao artigo.

 

Outros laboratórios também ficaram sob pressão, com as ações da Roche Holding perdendo 1,4%.

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No setor da aviação comercial, as ações da Deutsche Lufthansa recuaram 1,70% à medida que uma greve de quatro dias na empresa alemã prosseguiu hoje. "Nós estimamos que isso custará ao grupo Lufthansa pelo menos € 25 milhões (US$ 34 milhões) por dia e € 100 milhões no total", disseram analistas do Crédit Suisse.

 

As ações da British Airways também declinaram, fechando em queda de 1,61%, enquanto os sindicatos dos tripulações dos aviões da empresa se preparavam para revelar o resultado de uma votação que decidirá se haverá greve ou não.

 

As mineradoras conseguiram ganhar na sessão, com a Rio Tinto em alta de 1,57% e a Vedanta Resources avançando 2,98%.

 

As ações da Alcatel-Lucent saltaram 5,24% após a unidade Merrill Lynch, do Bank of America, projetar uma estimativa de lucro por ação de 0,44 euros para 2012. A projeção diz que o novo alvo para a fabricante de equipamentos de telefonia está 70% superior às estimativas de consenso.

 

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No setor varejista, a espanhola Inditex caiu 2,3%, após suas ações terem sido rebaixadas pelo BNP Paribas de acima da média (outperform) para neutras. As ações da varejista sueca Hennes & Mauritz caíram 1,8%, após terem sido também reavaliadas para baixo pelo Merrill, de neutras para abaixo da média (underperform). O BNP Paribas também reavaliou as ações da varejista Carrefour, de acima da média para neutras. As ações do Carrefour caíram 2,38%. "Após os resultados da sexta-feira, nos fomos assegurados de que os resultados de 2010 serão alcançados através do corte de custos, mas nós não esperamos uma recuperação da receita antes do final do ano", disse o BNP.

 

As informações são da Dow Jones.

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