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Bônus de emergentes caem puxados por papéis da Argentina

Potencial emissão de bônus e risco político local pressionaram títulos argentinos

Por Gustavo Nicoletta (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

Os preços dos bônus da dívida de países emergentes caíram pelo segundo dia consecutivo nesta quarta-feira, puxados pelo declínio no valor dos títulos da Argentina e pressionados pela aversão ao risco em meio aos sinais de desaquecimento da economia mundial. O prêmio de risco do Emerging Market Bond Index Global (Embig), do JPMorgan, subiu quatro pontos-base, para 316 pontos-base sobre os Treasuries, mas teve queda de 0,42% em termos de preço. Segundo Dan Mullineaux, diretor de renda fixa de mercados emergentes da Knight Capital, o sentimento do mercado continua sendo atingido por dados pouco promissores sobre a economia dos EUA e, diante disso, "as pessoas estão mais dispostas a tirar algumas apostas da mesa dos mercados emergentes".Para Mullineaux, "conforme aumenta a pressão, a busca por créditos de maior retorno diminui", mas como o volume de negociações está baixo, os movimentos do mercado devem ser interpretados com cautela. Os títulos da dívida argentina tiveram a queda mais acentuada em termos de preço no EMBIG, de 2,81%. Segundo estrategistas do Barclays Capital, diante de uma potencial emissão de bônus pelo país e do risco político local, os investidores devem assumir uma posição defensiva em relação aos títulos argentinos denominados em dólar. Os preços dos bônus da África do Sul também caíram após o país anunciar que a inflação ao consumidor desacelerou pelo sétimo mês consecutivo em julho. O dado alimentou expectativas de que o banco central cortará as taxas de juros para estimular a recuperação econômica.No segmento de emissões, a estatal mexicana Pemex surpreendeu os participantes do mercado com a reabertura de um leilão de bônus da companhia com vencimento em 2035. Serão oferecidos US$ 1 bilhão em títulos com um yield de aproximadamente 5,975%. As informações são da Dow Jones.

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