
22 de julho de 2011 | 10h08
O chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista afirma que depois que as autoridades europeias salvaram a zona do euro de um colapso, resgatando as finanças públicas gregas e evitando um risco de contágio na periferia do bloco, o mercado tende a caminhar mais tranquilo. "A nuvem negra parece estar se dissipando", diz.
Ele ressalta, contudo, que as negociações sobre a dívida nos EUA não mostram progresso e devem ser um fator limitador no curto prazo. "É preciso haver uma continuidade do otimismo e um fluxo mais favorável de notícias", completa.
Hoje, autoridades do Departamento do Tesouro dos EUA, do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) e do Fed de Nova York devem discutir um plano de contingência, caso não haja um acordo iminente para elevar o teto da dívida do governo norte-americano. Já a agenda econômica não prevê a divulgação de nenhum dado, apenas de balanços corporativos.
Mas o profissional lembra que ninguém acredita, para valer, num calote norte-americano. Ainda assim, uma arrancada da Bolsa diante de um cenário macroeconômico mais amigável depende de um fluxo comprador consistente. "A Bovespa ainda está amarrada por causa de giros curtos e o dinheiro está travado pela atratividade da renda fixa brasileira", pondera, acrescentando que, "por enquanto, a retomada da Bolsa ainda parece artificial. Precisa de fluxo para ser mais consistente".
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