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Bovespa abre em alta apoiada em alívio externo

Às 10h10, o Ibovespa subia 1,18%, para 67.441 pontos

Por Sueli Cmapo e da
Atualização:

A crise da dívida soberana na Europa não acabou, mas a expectativa de um pacote maior de ajuda financeira à Grécia, que pode chegar a 120 bilhões de euros, traz alívio aos negócios nesta manhã e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em alta. A melhora de humor se deve ainda a avaliação mais favorável do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) sobre a economia dos Estados Unidos, após ter reafirmado o compromisso com uma taxa de juro entre zero e 0,25% ao ano por um período prolongado. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros ontem em 0,75 ponto porcentual, para 9,5% ao ano, não deve provocar ajustes significativos nos setores de consumo e bancos, pois já vinha sendo antecipada. Às 10h10, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 1,18%, para 67.441 pontos. As bolsas europeias e norte-americanas operam em alta e as commodities se recuperam. O forte ajuste negativo desta semana, que empurrou o Ibovespa para o nível de 66.500 pontos, abre boas oportunidades de ganhos para quem tem sangue frio para enfrentar a volatilidade. "A Bolsa está num bom ponto de compra tecnicamente", diz um gestor. Mas a recuperação se dá em bases frágeis no curto prazo, dadas as incertezas em relação aos problemas fiscais não apenas da Grécia, mas também de Portugal, Espanha e os outros integrantes dos chamados PIIGS (Itália e Irlanda). Sem falar no receio de novas medidas restritivas na China para evitar uma bolha no mercado imobiliário. Mas hoje os investidores parecem dispostos a deixar um pouco de lado essas preocupações, como mostra o mercado de commodities, mas o fôlego é limitado. Após dois dias de baixas acentuadas, os metais passam por uma recuperação em Londres, acompanhando o movimento de alta do euro e das bolsas. O petróleo sobe mais de 1%, acima de US$ 84 por barril em Nova York. A Bolsa também deve ter reações pontuais aos balanços divulgados. O lucro líquido da Natura no primeiro trimestre, de R$ 141,6 milhões, veio em linha com a média das estimativas. Também ontem à noite, a Comgás anunciou lucro líquido de R$ 102,3 milhões no primeiro trimestre, crescimento de 6,9% sobre igual intervalo do ano passado. Mais cedo, o banco Santander apresentou lucro líquido de R$ 1,763 bilhão no primeiro trimestre de 2010, expansão de 111,9% em relação ao mesmo período de 2009, considerando o balanço no padrão IFRS. À noite, saem os balanços de Lojas Renner e Embraer.

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