A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em alta de 0,01% nesta terça-feira, aos 38.149 pontos. Porém, logo em seguida inverteu o sinal e recuava 1,36%, aos 37.625 pontos. Segundo analistas, a cautela de ontem ganhou mais força nesta terça-feira, com a reabertura em baixa dos mercados nos Estados Unidos e em Londres. Os investidores estão apreensivos com o enfraquecimento do dólar norte-americano ante outras moedas, atribuído às especulações sobre a substituição do secretário do Tesouro, John Snow. Nesta manhã, a agência Dow Jones informou que o presidente dos EUA, George W. Bush, deve anunciar a escolha de Henry M. Paulson para ocupar o lugar de John Snow. Outro motivo forte para o mercado se manter na defensiva hoje é a divulgação amanhã da ata da última reunião do comitê de mercado aberto do (Fomc, na sigla em inglês), que pode dar pistas sobre o próximo encontro do Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos), dia 29 de junho. O mercado gostaria de ver na ata alguma sinalização de que o fim do ciclo de alta de juro nos EUA está próximo do fim, o que traria um grande alívio aos negócios. Toda essa turbulência das última semana tem como pano de fundo o medo de que o aperto monetário nos EUA se prolongue por mais tempo. Em Nova York, o Nasdaq caía 0,64% e o S&P 500 recuava 0,41%. O dado norte-americano mais relevante do dia é o índice de confiança do consumidor de abril, que a Conference Board divulga às 11 horas. A estimativa para o dado é de recuo para 100,5, ante 109,6 em março. As bolsas de Londres, Paris, Frankfurt registravam baixa ao redor de 1%, influenciadas também pelo receio de uma alta de juro de 50 pontos porcentuais na reunião do Banco Central Europeu da próxima semana, mas a grande maioria dos analistas ainda prevê um aumento de 25 pontos. Entre as notícias consideradas negativas está a de que o setor siderúrgico chinês tivesse aceitado ontem um reajuste de 19% nos preços do minério de ferro. Conforme o diretor da Beijing Langesteel Information Consultation, Xu Xiangchun, o segmento continua lutando para estabelecer "um preço chinês" para a commodity. "Podemos deixar de importar o minério de ferro da Companhia Vale do Rio Doce, caso os preços alcancem este patamar", afirmou ao site eletrônico do China Securities Journal.