A Bovespa abriu em queda nesta terça-feira, 12, em meio às persistentes incertezas sobre a chance de aprovação da reforma da Previdência na Câmara ainda neste ano. A afirmação do relator da reforma da Previdência, Arthur Maia, de que a data de votação da proposta é "pouco significativa" gerou nova piora nos preços dos ativos.
Houve intensificação de um movimento de busca por segurança já verificado no começo do dia. Na prática, isso significa venda de ações e compra de dólar, com reflexo nos juros futuros. As taxas de juros em geral foram às máximas da sessão, até porque o andamento da proposta está contido no balanço de riscos do Banco Central.
Na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na manhã desta terça-feira, o BC disse que a aprovação das reformas, em especial fiscais, é fundamental para inflação baixa e estável.
A preocupação com a Previdência já havia trazido viés de alta aos juros longos no começo do dia. Apesar disso, os vencimentos de curtíssimo prazo seguem ancorados na sinalização, também do Copom, de redução do ritmo de corte da Selic para 0,25 ponto porcentual em fevereiro, embora isso dependa da reavaliação da extensão do ciclo, além do balanço de riscos.
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No câmbio, o dólar superou R$ 3,32 na maior cotação intraday, em meio a avaliações de que o BC pode optar por parar de cortar a Selic em fevereiro. Ainda que a atuação de exportadores tenha reduzido a pressão, a moeda abre a tarde perto do nível da máxima. O Ibovespa afundou abaixo do patamar dos 72 mil pontos e, apesar de ter saído da mínima, inicia a tarde com perda. No exterior, o tom é de compasso de espera pelas sinalizações do Federal Reserve para 2018. A elevação das taxas, amanhã, já está precificada.