A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia próxima da estabilidade, em leve alta, à espera da divulgação dos resultados dos testes de estresse dos bancos europeus. Pouco depois da abertura, a Bolsa passou a cair. Em todo o mundo, os mercados não revelam uma direção definida, apesar de dados favoráveis sobre as economias da Alemanha e do Reino Unido darem um tom positivo aos negócios. Às 10h29 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) recuava 0,21%, para 65.612,17 pontos. Depois de fechar a sessão de ontem no maior nível desde maio, acumulando quatro dias de ganhos seguidos, a Bovespa pode dar espaço à realização de lucros. Alguns operadores apostam que o Ibovespa não irá se sustentar acima dos 66 mil pontos, um nível que chegou a ser testado ontem. No exterior, o clima é de cautela. As principais praças financeiras exibem ganhos, ainda que moderados, por conta de dados melhores que o esperado na Europa. A confiança do empresariado na Alemanha teve em julho o maior avanço mensal desde a reunificação do Estado, em 1990, e situou-se no maior nível desde 2007, a 106,2 pontos. Já o Reino Unido registrou crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) pelo terceiro trimestre seguido, no maior ritmo para um período de três meses desde 2006. Entre abril e junho deste ano, a economia britânica cresceu 1,1%, ante o trimestre anterior.À espera do que está por vir na Europa, alguns operadores acreditam que a arrancada de ontem no mercado de ações já foi uma antecipação dos resultados. Ontem, a Bovespa fechou em alta de 1,97%, aos 65.748 pontos. Rumores de que a maioria das instituições passou nos exames não são ainda suficientes para tranquilizar os investidores, que têm dúvidas sobre a credibilidade do processo. Segundo pesquisa do Goldman Sachs, 10 dos 91 bancos europeus avaliados devem ser reprovados. Os números oficiais saem às 13 horas.