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Bovespa acompanha NY e cai; apenas 5 ações em alta

Por Agencia Estado
Atualização:

O principal índice de ações da Bolsa de Valores de São Paulo continua atrelado às Bolsas de Nova York no pregão de hoje. A abertura foi estável, mas logo em seguida o Ibovespa passou a cair, até atingir mínima de -1,46%, a 36.536 pontos. A queda se aprofundou após a abertura das bolsas em Wall Street, que estão pressionadas pelo resultado do índice de preços dos gastos com consumo pessoal (PCE) dos norte-americanos, divulgado no meio desta manhã. O núcleo anual do índice subiu 2,4% em junho, acima da alta de 2,2% de maio. Com isso, sobem as chances de um novo aumento da taxa básica de juros americana na reunião do Fed (banco central americano) da próxima semana. O mercado ainda reclama do fluxo financeiro, apesar de a projeção para o final do dia na Bovespa ser de R$ 2,08 bilhões. As ações em alta no Ibovespa eram reduzidas por volta do meio-dia, com apenas cinco papéis subindo: Cesp PNA, Telesp, Aracruz, Cemig ON e BrT Participações PN. Petrobras e Vale do Rio Doce PNA são os dois papéis mais negociados na primeira parte do pregão, com volumes respectivos de R$ 82 milhões e R$ 43,2 milhões. A desvalorização de Petrobras está abaixo da perda do Ibovespa (-0,78% ante -1,24%), mas a de Vale supera o índice (-1,43%). Segundo um operador, o mercado aguarda um balanço pior no segundo trimestre. A média das estimativas dos analistas consultados pela Agência Estado (ABN Amro Real, Ágora e Geração Futuro Corretora) aponta para um lucro de R$ 3,229 bilhões, 7,2% abaixo dos R$ 3,479 bilhões do mesmo trimestre de 2005. No mercado, há quem aposte em queda de 20% no lucro. Outro destaque em volumes é Cosan, que perde 5,02% com giro financeiro de R$ 15,3 milhões. As ações da empresa estão caindo desde a divulgação do balanço do ano fiscal de 2006 (doze meses até abril), que apresentou um forte crescimento da dívida. A companhia teve prejuízo líquido de R$ 64,562 milhões no ano fiscal de 2006, ante lucro de R$ 17,102 milhões no ano anterior. A dívida bruta praticamente dobrou em 12 meses. Em 30 de abril do ano passado, o grupo tinha um endividamento total de R$ 1,170 bilhão, passando para R$ 2,363 bilhões em 30 de abril deste ano.

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