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Bovespa avança 0,57% no dia, mas cai 1,87% em março

Os ganhos da sessão foram insuficientes para apagar as perdas de março, que teve o terceiro pior desempenho do ano

Por Claudia Violante e da Agência Estado
Atualização:

A Bovespa fechou nesta quinta-feira pela terceira sessão consecutiva em alta, com volume um pouco melhor do que o visto nas sessões anteriores. O índice à vista acompanhou bem de perto as bolsas norte-americanas, mas não contou com a ajuda de Petrobras e Vale, que operaram praticamente o dia todo no vermelho. Os ganhos da sessão também foram insuficientes para apagar as perdas de março, que teve o terceiro pior desempenho do ano. No trimestre, as perdas do índice alcançaram 7,55%. O Ibovespa terminou o dia com ganho de 0,57%, aos 56.352,09 pontos. Na mínima, registrou 55.784 pontos (-0,29%) e, na máxima, 56.374 pontos (+0,61%). Encerrou a semana com ganho de 2%, mas, no mês, recuou 1,87%. Em fevereiro, a Bolsa havia recuado 3,91% e, em janeiro, caiu 1,95%.    A Bolsa seguiu bem de perto as bolsas externas, que se beneficiaram da reabertura dos bancos do Chipre sem tumulto. Nos EUA, os indicadores não vieram muito bons, mas não afugentaram as compras, tanto que o Dow Jones e o S&P fecharam em níveis recorde. O Dow subiu em 0,36%, aos 14.578,54 pontos, e o S&P teve elevação de 0,41%, aos 1.569,19 pontos. O Nasdaq terminou em +0,34%, aos 3.267,52 pontos. Aqui, Petrobras e Vale nada ajudaram para garantir a sessão seguida de alta do Ibovespa. "O mercado até estava leve, mas o investidor segue ressabiado em tomar posição. Teve uma melhora, até por ser fim de mês e com a recuperação externa, mas uma tendência firme de valorização ainda não começou", disse um profissional da mesa de renda variável.Vale ON caiu 0,65% e PNA, 1,16%, recuando 7,67% e 9,06% em março. Petrobras ON perdeu 0,30% e PN, 0,38%. No mês, os papéis da estatal fecharam com +16,29% e +10,48%. Eletrobras foi um dos destaques da sessão, com alta de 16,19% na PNB e 11,84% na ON. A valorização foi puxada após a empresa ter anunciado sua política de dividendos, que conseguiu apagar o mal-estar com o prejuízo bilionário da companhia. A elétrica terminou o quarto trimestre com prejuízo líquido consolidado de R$ 10,499 bilhões, revertendo o lucro líquido de R$ 3,733 bilhões na comparação com 2011. Segundo a Economatica, se trata do maior prejuízo já registrado na história das empresas de capital aberto brasileiras em qualquer período trimestral.

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