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Bovespa espera mais de 30 ofertas iniciais de ações no ano

Por Agencia Estado
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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deverá ter mais de 30 novas ofertas de ações iniciais (IPOs - Initial Public Offering) em 2007, superando as 26 IPOs de 2006. É o que espera o presidente da Bovespa, Raymundo Magliano Filho. Em 2005, foram apenas oito empresas. "Temos uma expectativa muito boa porque houve uma mudança cultural importante do nosso empresário. (...) O que realmente desejamos é que este ano nós possamos até ter um número mais expressivo de companhias abrindo capital. Este ano, deveremos ter 30 e tantas companhias", disse em entrevista à Agência Estado. Segundo ele, mais importante que o número de empresas que estão abrindo capital é a qualidade de governança dessas companhias. "Isso gera por parte dos investidores muito maior confiança e credibilidade", explicou. Magliano espera por um mix de empresas abrindo capital, a exemplo do ano passado. "O que estamos sentindo é exatamente a desconcentração do mercado. Estamos tendo uma gama ampla de empresas que se apresentam ao investidor. Isso facilita a diminuição do risco do mercado", disse. Estímulos Magliano disse que a sociedade civil não deve esperar muito do Estado e que não espera nenhum tipo de ajuda do governo. "Nós, do mercado de capitais, do mercado de ações, não estamos precisando de estímulos", afirmou. Segundo ele, iniciativas importantes partiram da própria Bovespa, como criação de um ombudsman e do novo mercado. "O que precisamos é a diminuição do imposto sobre ganho de capital de 15% para 10%, o restante (...) nós estamos fazendo. É o momento importante de diminuirmos o paternalismo", analisou. Magliano frisou que não tem nenhuma demanda específica para o segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, salvo a inclusão da matéria mercado de capitais no currículo escolar. "Gostaríamos que mercado de capitais e mercado financeiro fosse uma matéria nas universidades, faculdades, para que as pessoas tenham consciência da importância de formarem seu pecúlio, o seu patrimônio a longo prazo." O presidente da bolsa paulista evitou falar do processo de abertura de capital da Bovespa. "Esse assunto eu não posso abordar." Mas adiantou que o projeto de desmutualização da Bolsa deve sair até julho ou agosto deste ano. Segundo ele, o processo irá permitir ampliar o número de participantes dentro do mercado de capitais. "Isso auxilia o desenvolvimento futuro do mercado de capitais", explicou. Magliano falou ainda dos projetos de internacionalização da Bovespa. O plano de integração com a bolsa do México deve ser finalizado em dois ou três meses. "Isso será muito bom para o mercado latino-americano, pois vai dar condições de o brasileiro comprar diretamente ações no México e o mexicano comprar ações no Brasil. Vai ter uma integração de mercados." Depois do México, a Colômbia também deve fazer parceria com o Brasil no mesmo projeto, em quatro ou seis meses.

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