A Bovespa acompanhou a reversão para alta no mercado acionário de Nova York e encerrou na pontuação máxima desta quinta-feira. O humor dos investidores mudou após a fala do presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano John Boehner. A interpretação do mercado para o discurso foi que as discussões caminham para um desfecho positivo. Ações de peso do Ibovespa também passaram para o terreno positivo e sustentaram o indicador.Com ganho de 0,46%, o Ibovespa fechou o dia na máxima, aos 61.276,12 pontos. No mês, a alta foi ampliada para 6,62% - se a performance se confirmar até o fim de dezembro, poderá ser o segundo melhor mês do ano, atrás apenas de janeiro. No ano, a valorização alcançou 7,97%. Na mínima, o índice atingiu 60.622 pontos (-0,62%). O giro financeiro ficou em R$ 6,506 bilhões. Os dados são preliminares.Boehner explicou o motivo de colocar em votação nesta quinta-feira o projeto do seu partido para prorrogar cortes de impostos para contribuintes que ganham até US$ 1 milhão por ano. Segundo ele, o presidente dos EUA, Barack Obama, sempre defendeu que o projeto dos democratas protege 98% da população do aumento de impostos, enquanto o plano republicano "protege 99,81% dos americanos". A votação na Câmara da proposta fiscal do partido deve começar por volta das 22h30 (horário de Brasília).Para o gerente de renda variável da corretora H.Commcor, Ari Santos, apesar de nada concreto, a impressão é que se está chegando a um acordo. O especialista em Bolsa da ICAP Corretora de Valores, Illan Besan, concorda com a leitura e faz um projeção otimista. "Bem possível um rali nesses últimos dias do ano se algo de fato sair sobre o abismo fiscal", afirmou. Petrobrás e Vale avançaram. O papel ON da petroleira subiu 0,66% e o PN ganhou 0,57%. A ação ON da mineradora avançou 0,48% e a PNA teve valorização de 0,74%. Em Nova York, às 17h44 (horário de Brasília), o índice Dow Jones tinha alta de 0,26%, o S&P 500 ganhava 0,42% e o Nasdaq subia 0,24%.