Sem forças para avançar em uma semana marcada pelo volume de negócios reduzido, o Ibovespa se esforça para sustentar os 68 mil pontos diante do pessimismo externo após a confirmação de aperto monetário na China. A decisão do banco central chinês de elevar a taxa de juros pela segunda vez em dois meses, anunciada no sábado, repercutiu negativamente no mercado asiático. Às 15h55, o principal índice da Bolsa paulista recuava 0,79%, aos 67.947 pontos. O giro financeiro era de R$ 1,76 bilhão, com previsão para alcançar R$ 2,79 bilhões no encerramento.
Apesar disso, as ações PN da Petrobrás mostravam alta de 0,78% e as ON avançavam 0,81%, na contramão do mercado internacional de petróleo - que também repercutia os efeitos do aperto monetário chinês. Vale PNA, por sua vez, recuava 1,62%.
Entre os destaques de baixa, as ações do JBS operavam com retração de 3,3%, após o grupo informar que está em estágio avançado de negociação com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para realizar a segunda emissão de debêntures conversíveis. Diferente da primeira emissão, que previa uma oferta pública de ações da JBS USA, a nova operação elimina essa obrigatoriedade. Em fato relevante, o JBS diz ainda que a nova emissão, de R$ 4 bilhões, pretende substituir integralmente os papéis da primeira emissão. A colocação será privada, com direito de preferência de subscrição para os acionistas.
Reflexo do mau humor externo, na mesma linha seguiam Lojas Renner ON, com declínio de 2,47%, Cosan ON (-2,32%) e Duratex ON (-2,25%).
Segundo analistas, além de ser um período de poucos negócios, a agenda da semana prevê a divulgação de poucos indicadores econômicos, o que deve contribuir para o registro de volumes mais fracos.
(Texto atualizado às 16h01)
