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Bovespa renova mínimas após abertura do mercado em Nova York

Queda do Ibovespa acompanha a fragilidade dos mercados externos, pressionados por receios em relação à economia chinesa

Por Ana Luísa Westphalen e da Agência Estado
Atualização:

A Bovespa renovou as mínimas logo após a abertura dos mercados em Wall Street. Às 10h33, o principal índice da Bolsa paulista exibia perda de 0,95%, aos 53.461,96 pontos, na menor cotação da sessão até o momento. A queda consistente acompanha a fragilidade dos mercados externos, que são pressionados por receios em relação à economia da China. Entre as blue chips, Vale ON perdia 2,20% e as PNA recuavam 2,18%, enquanto Petrobras ON e PN caem 0,95% e 0,78%, respectivamente. Também entre os destaques de queda do Ibovespa estavam Ambev ON (-1,27%) e Itaú Unibanco PN (-0,61%).Os papéis da mineradora acompanham a baixa de seus pares internacionais, após dados da China divulgados durante o fim de semana mostrarem que os preços das casas subiram 6,7% em abril, após alta de 7,7% de março. Ainda pesa sobre as ações da Vale o recuo dos preços do minério de ferro, que iniciou a semana com queda de 2,2% em relação à última sexta-feira, sendo cotado nesta segunda-feira, 19, em US$ 98,5 a tonelada seca no mercado spot (à vista) chinês.As bolsas de Nova York acompanham a desvalorização das ações na Europa, que caem em meio a notícias do setor corporativo e após dados preocupantes do setor imobiliário da China. Após a abertura, Dow Jones caía 0,11%, enquanto Nasdaq recuava 0,07% e S&P 500 perdia 0,04%. Em um dia de agenda fraca nos Estados Unidos, os investidores aguardam discurso de dois dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), o presidente da distrital do Fed de São Francisco, John Williams, e o de Dallas, Richard Fisher, que tem direito a voto no Fomc, que estarão num mesmo evento, a partir das 13h10.No mercado de câmbio, o dólar virou e caiu para a mínima de R$ 2,2120 (-0,05%) no balcão, reagindo ao aumento da oferta da moeda após o leilão de swap cambial do Banco Central, às 9h30. Há pouco, no entanto, a moeda voltou a subir, em leve alta de 0,05%, cotada a R$ 2,2140, enquanto o dólar para junho de 2014 recuava 0,11%, a R$ 2,2220. A autoridade monetária vendeu há pouco 4 mil contratos de swap cambial. A venda foi no valor de US$ 198,3 milhões para o vencimento em 2 de março de 2015. Para o vencimento em 1º de dezembro de 2014, foram rejeitadas as propostas apresentadas pelos participantes do leilão.No mercado de juros futuros, as taxas continuam oscilando com viés de baixa, em meio à deflação apontada pelo IGP-M na segunda prévia do mês e ainda diante dos dados recentes sobre atividade e inflação, que vieram mais fracos. Com isso, alguns investidores estão mudando a previsão para o rumo da taxa Selic em maio, com o mercado formando um consenso de manutenção na reunião deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom), conforme apurou o Broadcast, serviço de informações da Agência Estado.As atenções agora estão voltadas para a prévia de maio do índice oficial de inflação do País, medida pelo IPCA-15 e que sai na quarta-feira, 21. A segunda prévia do IGP-M de maio mostrou deflação de 0,04%, ante alta de 0,83% em igual leitura do mesmo indicador em abril. O resultado ficou no piso do intervalo das estimativas coletadas pelo AE Projeções, que iam de -0,04% a +0,19% (mediana de +0,07%).

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