A volatilidade nos mercados continua e ninguém ousa traçar um horizonte mais preciso para o fim das incertezas. Na Ásia, os mercados não seguiram uma única direção - a bolsa da China subiu hoje (1,2%), Hong Kong também (0,49%), mas Japão caiu 1,4%. Na Europa, prevalece o vermelho nos negócios e os índices futuros das Bolsas de Nova York estão no mesmo caminho. No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) segue esse ritmo e abriu em baixa. Às 11h09, a bolsa paulista registrava queda de 1,37%, aos 42.920 pontos. Segundo operadores, não há como a Bovespa ter comportamento adverso; se os mercados piorarem, a bolsa paulista vai junto; se houver uma melhora, também pode acompanhar. A questão é que o dinheiro estrangeiro está batendo em retirada e os investidores locais não vão remar contra a maré. No dia do pânico, na terça-feira, os investidores estrangeiros retiraram R$ 222,483 milhões da Bovespa e o mercado desabou 6,63%. A movimentação de capital externo desse dia representou a maior saída não só de fevereiro, mas também desde 12 de janeiro, quando a perda somou R$ 260,941 milhões. O superávit do mês recuou para R$ 599,245 milhões. No ano, há déficit de R$ 665,257 milhões. Já a saída do diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Afonso Bevilaqua, não está sendo muito comentada nas mesas de renda variável. Pode ser um pretexto a mais para movimentação no mercado de juros, mas, como era algo esperado há tempos, em princípio não está merecendo destaque na Bovespa.