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Bovespa sobe de olho no exterior

Às 11h19 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) avançava 0,60%, para 67.314 pontos

Por Marisa Castellani e da Agência Estado
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em alta, de olho no movimento do petróleo no mercado internacional, por conta da crise política na Líbia. Na manhã de hoje, o contrato futuro de petróleo estava na faixa dos US$ 115 o barril em Londres e na faixa dos US$ 101 o barril em Nova York, o que influencia o desempenho das ações da Petrobras no Brasil. Às 11h19 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) avançava 0,60%, para 67.314 pontos. O petróleo em alta estimula aplicações na commodity, em Treasuries (títulos do Tesouro dos Estados Unidos) e em moedas consideradas seguras, como o franco suíço. Porém, o movimento não favorece os investimentos em ativos de risco, como as ações. Por isso, algumas bolsas europeias registram perdas. No Brasil, porém, os papéis da Petrobrás podem ser favorecidos, assim como o Ibovespa, a menos que a aversão ao risco cresça substancialmente nos mercados. Na Líbia, onde o governo desmorona dia após dia, é esperado novo pronunciamento do ditador Muamar Kadafi na TV. Há mais notícias de deserções de policiais e soldados na cidade de Zouara, a 120 quilômetros a oeste da capital, Trípoli. Segundo a rede de TV Al Jazeera, o governo da Líbia já perdeu o controle de grandes porções de território no leste do país, que estão sob o comando da oposição. Os mortos já ultrapassariam mil pessoas. Empresas continuam saindo do país e hoje foi a vez de a Petrobras informar que retirou funcionários de Trípoli.Operadores de renda variável dizem que as ações da Petrobras, além de receberem o vento favorável da alta do petróleo, ainda estão defasadas - não só em relação a outros papéis da Bolsa, mas também ante outras petrolíferas no mundo. Já a mineradora Vale vai publicar seu balanço hoje, após o fechamento do mercado. O Pão de Açúcar divulgou seu balanço durante a manhã, com registro de lucro líquido consolidado - que inclui as bandeiras Casas Bahia e Ponto Frio - de R$ 447 milhões no quarto trimestre do ano passado, alta de 81% sobre o mesmo período de 2009.

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