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Bovespa tem alta impulsionada por resultado de pesquisa eleitoral

Pesquisa de intenção de votos mostrou queda da presidente Dilma Rousseff, elevando a chance de uma troca de governo nas eleições presidenciais de outubro 

Por Álvaro Campos e da Agência Estado
Atualização:

A Bolsa mantém seus ganhos na tarde desta terça-feira, 29, impulsionada pela queda da presidente Dilma Rousseff nas pesquisas de intenção de voto, que eleva as chances de uma troca de governo nas eleições de outubro, ou pelo menos obrigaria a atual administração a alterar suas políticas econômicas.

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Por volta das 14h30, o Ibovespa subia 1,50%, aos 52.152 pontos. Entre as estatais, Petrobrás (ON +1,98% e PN +2,36%), Eletrobras (ON +3,25% e PN +3,35%) e Banco do Brasil (+2,69%) subiam forte.

Entre os destaques de alta também estavam as units do Santander, que disparavam 27,27%, após o anúncio de que a matriz espanhola fará uma oferta pelos papéis que ainda não possui na filial brasileira, com prêmio de 20% sobre o valor atual. Já as ações da Oi lideravam as quedas, com perdas de 9,70%, se ajustando ao preço fixado na oferta subsequente da companhia.

Dilma teve uma queda de seis pontos percentuais nas intenções de voto para presidente, segundo pesquisa CNT/MDA. No cenário que mede a intenção de voto estimulada, a presidente aparece com 37% da preferência do eleitorado, número que era de 43,7% em fevereiro. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, aparece com 21,6% das intenções de voto em abril, frente a 17% no início deste ano. O ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), por sua vez, soma 11,8% das intenções de voto, avanço de pouco menos de dois pontos percentuais em relação a fevereiro de 2014.

Hoje, durante entrega de máquinas para prefeituras da Bahia, a presidente tocou indiretamente no tema, afirmando ter certeza de que o povo brasileiro não vai abrir mão dos avanços sociais dos últimos anos. Ela também comentou que o País conseguiu superar a recente crise financeira de maneira diferente de governos mais "conservadores", que impunham o ônus sobre o trabalhador.

No mercado de câmbio, o dólar segue em queda, influenciado pela pesquisa eleitoral e a disputa entre comprados e vendidos antes da definição da taxa Ptax de abril. Nohorário, o dólar recuava 0,13%, a R$ 2,224.

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