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Bovespa tem desempenho mais fraco das últimas 10 semanas

Pressionada pelos bancos, a Bolsa encerrou a semana com perda acumulada de 2,5%

Por Reuters
Atualização:

A Bovespa fechou em queda nesta sexta-feira, sob o peso de ações de bancos e com investidores na defensiva antes de feriado nos Estados Unidos, na segunda-feira. O movimento ajudou o mercado a encerrar a semana com desempenho semanal mais fraco das últimas 10 semanas.

O Ibovespa teve variação negativa de 0,34%, a 52.626 pontos. O giro financeiro do pregão totalizou R$ 5 bilhões. Na semana, a queda acumulada foi de 2,5%. As ações preferenciais de Itaú Unibanco e Bradesco tiveram as principais influências negativas sobre o índice, enquanto Banco do Brasil recuou 1,7%. Na quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar julgamento sobre a legalidade da indenização de poupadores no caso sobre perdas geradas por planos econômicos das décadas de 1980 e 1990 no rendimento da poupança. "Até lá, os papéis dos bancos vão ficar pesados por conta da incerteza sobre o impacto no sistema financeiro", disse o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi. Nesta semana, o Superior Tribunal de Justiça deu ganho de causa a poupadores em julgamento sobre os juros de mora a serem pagos no caso. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que os bancos vão recorrer do julgamento. Além de buscarem se proteger do julgamento, investidores mostraram postura defensiva antes do feriado de "Memorial Day" paralisar as bolsas em Wall Street na segunda-feira. "É véspera do feriado nos Estados Unidos, o que deixa o mercado cauteloso em formar uma posição mais prolongada. E temos eventos importantes no fim de semana, como a eleição na Ucrânia e do Parlamento Europeu. O investidor está segurando um pouco a mão", disse o analista Fábio Gonçalves, da Banrisul Corretora. Para ele, se o Ibovespa voltar a cair, deve respeitar suporte da faixa dos 52.200 pontos. Na ponta positiva do Ibovespa, os destaques do dia ficaram por conta de Cesp e Estácio Participações. As ações da Ecorodovias fecharam em leve baixa, após chegarem a subir 2% depois do consórcio integrado pela companhia perder leilão da BR-153, no trecho entre Tocantins e Goiás, para a Galvão Engenharia. Em nota a clientes, o Bank of America Merrill Lynch afirmou que a Ecorodovias tem sido vista como autora de ofertas agressivas, e que uma oferta desse tipo seria negativa no certame desta sexta-feira. "A companhia vê a rodovia dos Tamoios (no Estado de São Paulo) como um ativo estratégico (a ser leiloado em junho), e vencer a BR-153 e depois a Tamoios seria muito para administrar, pois ambas demandam muito investimento nos primeiros cinco anos de concessão."

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