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Sob influência do exterior, Bolsa recua e dólar fecha perto da estabilidade

Apesar de beneficiada por commodities, Bovespa recuou 0,15%; já a moeda americana fechou em leve alta, a R$ 3,53, mesmo com atuação do BC

Por Paula Dias
Atualização:
Bovespa fechou em queda nesta quarta-feira Foto: Estadão

SÃO PAULO - Na ausência de grandes definições no ambiente político doméstico, o cenário internacional foi novamente a principal referência para os negócios nesta quarta-feira, 20. Depois de alternar altas e baixas no decorrer da sessão, o Índice Bovespa terminou o dia em leve baixa, de 0,15%, aos 53.630,93 pontos. O volume de negócios totalizou R$ 7,53 bilhões. 

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Entre os poucos destaques do dia no cenário doméstico esteve a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de adiar o julgamento sobre a posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil. Não foi definida data para discussão do tema. O mercado recebeu a notícia de maneira positiva, por sinalizar mais um fator de enfraquecimento do governo. No entanto, o fato pouco influenciou os negócios na Bolsa.

Assim como aconteceu na véspera, a recuperação dos preços das commodities impulsionou ações ligadas a essas matérias-primas. Os papéis da Vale, que chegaram a subir mais de 8% ao longo do pregão, terminaram o dia com valorização de 5,30% (PNA) e 6,35% (ON), entre as maiores altas do Ibovespa. As ações preferenciais da Bradespar, acionista da Vale, avançaram 6,15%.

Já os papéis da Petrobrás operaram com sinais mistos durante todo o dia, com poucos momentos de alinhamento. No final dos negócios, caíram 0,16% (ON) e 1,46% (PN). As açõesdo setor bancário também terminaram o dia no terreno negativo, devido a uma realização de lucros, e contribuíram para o recuo do Ibovespa. O destaque ficou com Itaú Unibanco PN, que recuou 1,86%.

Câmbio. No mercado de câmbio, o dólar à vista alternou sinais positivos e negativos e terminou o dia praticamente estável (+0,03%), cotado a R$ 3,5309. Depois de ter subido mais de 1% no início do dia, em reação a um leilão de swap cambial reverso (operação cujo efeito é equivalente à compra de dólares no mercado futuro) feito pelo Banco Central, a moeda americana perdeu força e oscilou pouco até o fechamento. A virada do petróleo no exterior, do negativo para o positivo, acabou impulsionando as divisas de países exportadores de commodities, incluindo o real. E na ausência de notícias políticas de maior impacto, os investidores também evitaram mudar de forma mais intensa suas posições.

Conforme anunciado na véspera, o BC ofertou 20 mil contratos de swap reverso. O lote foi vendido integralmente, representando a retirada de US$ 992,4 milhões do sistema. A alta, no entanto, acabou sendo diluída ainda pela manhã, principalmente depois que o petróleo passou a subir, já no início da tarde. A virada da commodity foi determinada pela divulgação dos dados do Departamento de Energia dos EUA (DOE) sobre estoques de petróleo. Entre os números, destaque para a produção média diária de petróleo, que recuou de 8,977 para 8,953 milhões de barris na semana passada.

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