Serão distribuídas inicialmente 71,8 milhões de ações ordinárias, cujos preços devem variar entre R$ 14 e R$ 18, mas esse valor só será definido com o fim do processo de intenções de investimento, que vai até 4 de março. A negociação dos ativos começará no dia 8.
A companhia controla 46 imóveis nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte, que em conjunto representam um valor total de mercado de R$ 1,7 bilhão. A empresa, basicamente, mantém suas propriedades sob locação, especialmente escritórios - o que acarreta numa lenta formação de capital. A oferta de ações vem para aumentar de forma expressiva a capacidade de investimento e a ampliação do portfólio.
Por trás da BR Properties estão nomes de peso como a GP Investiments, o banco americano Lehman Brothers, a família Safra e os donos do Empire State Building. A empresa abriu capital em janeiro de 2006, mas desde então não havia negociado suas ações. Ensaiou uma tentativa em 2008, mas abortou a ideia depois da crise do subprime nos Estados Unidos. Na oferta anunciada ontem, está previsto que alguns acionistas vão vender 12 milhões de ações ordinárias no lote adicional, o equivalente a até 17% da quantidade original. A oferta prevê, ainda, um lote suplementar de até 15%.
Entre os acionistas que devem vender parte de suas ações estão o GP Investments, por meio de três fundos e controladas (GPCM, Private Equity Partners A e Private Equity Partners B), e os empresários João Roberto Marinho e José Roberto Marinho. A oferta ao varejo será de no mínimo 10% e máximo de 15%. O período de reserva é de 24 de fevereiro até 3 de março. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.