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Brasil Plural: Agências poderão rebaixar nota brasileira

Por Gabriela Lara e CORRESPONDENTE
Atualização:

O sócio e diretor de Relações Institucionais do Banco Brasil Plural, Mário Mesquita, afirmou em evento na capital gaúcha na noite desta segunda-feira que há um grande risco de que em 2015 o Brasil tenha sua nota soberana rebaixada pela Moody''s e pela Fitch, para o último nível considerado como grau de investimento pelas agências de classificação de risco de crédito - algo que já ocorreu este ano com a Standard and Poor''s."Ambas as agências (Moody''s e Fitch) esperavam crescimento do Brasil da ordem de 2% este ano. Se der sorte a gente cresce 1%, provavelmente menos que isso. Então, há um risco grande de a gente no ano que vem ser rebaixado por uma ou duas dessas agências para o limiar entre o grau de investimento e o grau especulativo", disse.Segundo ele, essa conjuntura faz com que a manutenção do grau de investimento brasileiro seja uma agenda prioritária para o próximo presidente da República, seja ele quem for, e que o desafio exigirá um ajuste fiscal no curto prazo."Não sei se teremos tempo para fazer um ajuste fiscal gradual. Se a Dilma (Rousseff) for reeleita, será seu quinto ano de mandato. As agências de rating não gostam de fazer downgrade no primeiro ano, mas no caso dela será o quinto, então haveria menos paciência. Mas, mesmo que (o eleito) for o Aécio, acho que a paciência com o Brasil não é infinita, então não dá para fazer ajuste fiscal tão gradual", avaliou. "Além disso, o capital político é máximo no início da gestão, depois vai caindo com o tempo. Então esperar demais talvez signifique acabar não fazendo o ajuste."

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