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Bridgestone inaugura a segunda fábrica no Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

A Bridgestone Firestone, maior fabricante de pneus do mundo, inaugura oficialmente amanhã, dia de Iemanjá (a orixá dos mares), sua segunda fábrica no Brasil, em Camaçari (BA) - a primeira, em Santo André (SP), funciona desde 1939. A planta consumiu US$ 160 milhões, produz 2 mil pneus por dia e já emprega 615 colaboradores - 554 contratados localmente. "Levamos 140 funcionários para um treinamento de meio ano no Japão, para que eles pudessem não só aprender o modo de fabricação, mas também a cultura da empresa", afirma o diretor técnico da planta da empresa na Bahia, Rioji Hirokawa. De acordo com o presidente da empresa no Brasil, Eugenio Deliberato, a escolha da Bahia para abrigar a segunda unidade industrial da Bridgestone Firestone no Brasil - 48.ª fábrica de pneus da empresa no mundo - também está relacionada com a presença de outras empresas da indústria automobilística na região, como a Ford e a concorrente Continental. "Claro que essas empresas contribuíram para a formação de uma mão-de-obra específica", afirma. "Além disso, a região é bem abastecida por portos, ferrovia e rodovias, o que facilita a logística de distribuição." Segundo Deliberato, a planta baiana tem a capacidade de produzir 8 mil pneus por dia, todos para carros de passeio e caminhonete. "Devemos alcançar esse nível de produção no fim do ano", conta. "E o terreno onde estamos instalados, de mais de 1 milhão de metros quadrados, já está preparado para uma expansão - mas dependemos do mercado para isso." O presidente acrescenta que a idéia da nova planta é reconduzir a Bridgestone ao primeiro lugar no mercado brasileiro de pneus - atualmente é a terceira, com cerca de 28% do mercado, pouco atrás da líder Pirelli e da Goodyear. Além disso, ressalta que 50% da produção será voltada para o mercado nacional de reposição, 22% será para abastecer a indústria automobilística e o restante, para exportação. Neste último ponto, Deliberato faz coro com o presidente da Continental, o alemão Manfred Wennemer, que recentemente afirmou que as metas de produção e vendas da fábrica da empresa na Bahia estão comprometidas por causa do valor baixo do dólar comparado ao real. "O câmbio ideal para que nossa indústria consiga exportar é de R$ 2,30 ou R$ 2,35 por dólar - e acredito que até meados deste ano vamos ter uma política econômica mais sensata nesse sentido", afirma. "Estamos investindo consistentemente no País - vamos chegar a US$ 460 milhões entre 2001 e o fim deste ano - confiando em condições melhores de mercado."

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