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China derruba maioria de bolsas da Ásia

 Investidores chineses ainda tentam digerir os dados do setor industrial do país

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Por Redação
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Os mercados acionários da Ásia fecharam em direções divergentes nesta terça-feira. Os investidores da China puxaram os pregões para baixo enquanto ainda digerem os dados do setor industrial do país. Já a Bolsa de Sydney, por sua vez, fechou em alta com o avanço dos preços da commodities e declarações do Banco da Reserva da Austrália (RBA, na sigla em inglês). Nesta terça-feira, o banco central australiano anunciou sua decisão de política monetária e manteve sua taxa básica de juros a 2,75%, como esperado por economistas. Contudo, o banco central também disse que "as perspectivas de inflação, conforme atualmente avaliadas, podem fornecer alguma margem para uma maior flexibilização, caso isso seja necessário para sustentar a demanda". Com a possibilidade de medidas adicionais de relaxamento monetário, muitas instituições financeiras fecharam em alta em Sydney. O Commonwealth Bank of Austrália ganhou 0,3% e o Australia & New Zealand Banking Group subiu 0,2%. Além disso, uma elevação nos preços das commodities beneficiou empresas que trabalham com recursos naturais. O índice S&P/ASX 200, da Bolsa de Sydney, fechou em alta de 0,3%, aos 4.900,3 pontos, depois de cair para 4.864,7 no início do pregão. As ações da China, por outro lado, fecharam em queda, uma vez que os investidores permanecem preocupados com a saúde da economia nacional, ao mesmo tempo em que uma realização de lucros em bancos e incorporadoras imobiliárias pesou sobre os pregões. O índice Xangai Composto caiu 1,2%, para 2.272,42 pontos, e o índice Shenzhen Composto recuou 2%, para 1.007,09 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em leve alta de 0,01%, aos 22.285,52 pontos. Analistas disseram que os investidores não estão convencidos com a leitura oficial do setor industrial, que mostrou um aumento modesto na economia da China em maio. Por isso, eles estão à espera de dados sobre o comércio chinês e a produção industrial do país, previstos para o final de semana, para avaliar a direção da economia. As ações na Bolsa de Taipé também terminaram em terreno negativo, tendo em vista que a maioria dos investidores estão pessimistas em relação a economia global, disse o analista Henry Miao, da Hua Nan Securities. "A alta em Wall Street na segunda-feira não foi encorajadora o suficiente para convencer os investidores de que a economia está em uma ascendente constante. A maioria dos agentes do mercado temem que a tendência de alta será de curta duração, portanto, as ações mais regionais não estão se saindo muito bem", acrescentou. Com isso, o índice Taiwan Weighted perdeu 0,1%, aos 8.191,22 pontos. Na segunda-feira, o Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) informou que seu índice de atividade do setor industrial dos EUA caiu inesperadamente para 49,0 em maio, de 50,7 em abril, contrariando a previsão dos analistas, que esperavam alta para 51,0. Foi a primeira contração desde novembro do ano passado e a menor leitura desde junho de 2009. A contração inesperada no índice de atividade do setor industrial deixou os investidores nos EUA inicialmente divididos, com o pessimismo provocado pelo dado sendo balanceado pela expectativa de que o Federal Reserve não reduzirá suas compras de bônus no curto prazo. No fim da sessão, porém, os índices em Wall Street se consolidaram em território positivo. Com isso, o índice Kospi, da Bolsa de Seul, reduziu os ganhos depois de abrir em alta e fechou estável, aos 1.989,51 pontos, uma vez que ações defensivas e do setor de finanças foram atingidas por preocupações sobre os dados econômicos dos EUA e da China. Os investidores estrangeiros se tornaram compradores líquidos de ações nesta terça-feira, após a onda de vendas na segunda-feira, mas o volume de negócios continuou a ser pequeno. Montadoras coreanas, competindo com concorrentes japoneses, avançaram com o fortalecimento do iene. A Hyundai Motor subiu 0,2% e a Kia Motors ganhou 2,0%. Em Manila, o índice PSEi fechou em queda de 1,3%, aos 6.673,47 pontos, com realização de lucros. Fonte: Dow Jones Newswires.

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