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China enfrenta mais pressão após queda nas importações

Resultado inesperado em novembro preocupa e autoridades são pressionadas por estímulos

Por KEVIN YAO
Atualização:
As exportações subiram 4,7% sobre um ano antes, enquanto as importações caíram 6,7%, maior queda desde março Foto: Francisco Leong/AFP

As importações da China encolheram de forma inesperada em novembro e o crescimento das exportações desacelerou, alimentando preocupações de que a segunda maior economia do mundo pode estar enfrentando uma desaceleração mais forte e ampliando a pressão para que as autoridades aumentem as medidas de estímulo.

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As exportações subiram 4,7 por cento sobre um ano antes, enquanto as importações caíram 6,7 por cento, maior queda desde março, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pela Administração Geral de Alfândegas.

Os números deixaram o país com superávit comercial recorde de 54,5 bilhões de dólares, o que segundo analistas pode aumentar a pressão sobre o iuan mesmo que os exportadores estejam enfrentando dificuldades.

Economistas consultados pela Reuters esperavam alta de 8,2 por cento nas exportações, avanço de 3,9 por cento nas importações e superávit comercial de 43,5 bilhões de dólares, todos mostrando desaceleração sobre outubro.

As exportações têm sido o único ponto de destaque da economia chinesa nos últimos meses, talvez ajudando a compensar a fraca demanda doméstica, mas tem havido dúvidas sobre a precisão dos números oficiais diante de sinais de resurgência de fluxos cambiais especulativos através de operações de comércio infladas.

Dariusz Kowalczyk, do Crédit Agricole CIB, afirmou que esse cenário pode ter sido contido em novembro, o que contribuiu para uma leitura mais fraca. Mas acrescentou que a contração das importações foi "chocante".

"Isso significa que vai aumentar a pressão sobre o governo para fazer mais e estimular o crescimento. Esperamos um corte na taxa de compulsório em dezembro, adoção de recompras reversas esta semana, e outro corte de juros no primeiro trimestre", disse ele.

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Após dizer por meses que a China não precisava de nenhum grande estímulo econômico, o banco central do país surpreendeu ao cortar os juros em 21 de novembro.

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