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China vai inaugurar parceria entre bolsas de Shenzhen e Hong Kong até fim do ano

A Bolsa de Hong Kong informou que um programa para conectar os negócios com os da Bolsa de Shenzhen ainda depende de aprovação regulatória

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Por Redação
Atualização:
Mercados acionários chineses dispararamem reação à notícia sobre a parceria Foto: Shizuo Kambayashi/AP

A China vai inaugurar um programa que conectará os negócios das bolsas de Shenzhen e de Hong Kong até o fim do ano, num novo esforço para liberalizar seu mercado de capitais e torná-lo mais acessível a investidores estrangeiros, segundo artigo do presidente do Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês), Zhou Xiaochuan.

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"Neste ano vamos revelar a Conexão de Ações de Shenzhen e Hong Kong, o que mostra que o mercado de capitais da China abriu um novo canal, se conectando ao mundo", disse Zhou no artigo, publicado mesta terça-feira no site do PBoC.

A iniciativa era aguardada depois de as bolsas de Xangai e de Hong Kong terem lançado uma parceria semelhante, em novembro de 2014. Em agosto, o presidente da Bolsa de Hong Kong, Charles Li, disse que os preparativos técnicos para a ligação Shenzhen-Hong Kong já haviam sido concluídos. 

Regulação. A Bolsa de Hong Kong informou que um programa proposto para conectar seus negócios com os da Bolsa de Shenzhen, na China continental, ainda depende de aprovação regulatória. O esclarecimento veio após os mercados acionários chineses dispararem nesta quarta-feira em reação à notícia sobre a parceria, que seria semelhante à aliança lançada pelas bolsas de Xangai e de Hong Kong há cerca de um ano. A Bolsa de Shenzhen fechou em alta de 5,1% nesta quarta-feira, perto da máxima do dia, enquanto a de Xangai avançou 4,3% e a de Hong Kong teve ganho de 2,15%.

Segundo o operador da Bolsa de Hong Kong, há negociações em andamento com Shenzhen, mas ainda não foi fechado um acordo formal sobre o assunto. O PBoC também esclareceu, posteriormente, que Zhou fez o comentário sobre a parceria em 27 de maio, ou seja, antes do período de forte turbulência que afetou as bolsas chinesas.

Para Francis Cheung, chefe de estratégia para a China e Hong Kong na CLSA, é improvável que a parceria entre Shenzhen e Hong Kong seja de fato lançada ainda este ano. 

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