O Banco Central da Argentina elevou nesta quinta-feira, 3, sua taxa básica de juros de 30,25% a 33,25% ao ano. A decisão ocorre dias após a instituição ter subido a taxa na última sexta-feira também em 3 pontos porcentuais, com o objetivo de frear um quadro de maior demanda por dólares e desvalorização do peso.
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As duas altas de 3 pontos porcentuais foram realizadas sem uma reunião de política monetária prevista no cronograma do BC. Mais cedo, a instituição vendeu dólares, mas a moeda americana continuava a se valorizar.
Na Argentina, o dólar se valorizou mais de 30% ante o peso nos últimos 12 meses. O movimento cambial na Argentina é atribuído em parte ao quadro internacional, com a elevação gradual dos juros nos Estados Unidos, mas também a desequilíbrios da economia nacional, em um quadro de alta inflação.
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Nos últimos dias, o BC tem atuado bastante no mercado cambial, vendendo dólares, mas ainda sem conseguir frear o movimento de enfraquecimento do peso.
Comunicado. A autoridade monetária divulgou nota afirmando que "tomou esta decisão com o objetivo de garantir o processo de desinflação e está pronta para atuar novamente, se for necessário". O comunicado afirma que a decisão de subir os juros foi tomada diante da dinâmica do mercado cambial "e em um contexto de alta volatilidade internacional".
O BC ainda afirma que seguirá a utilizar todas as ferramentas à disposição e conduzirá a política monetária para atingir sua meta de inflação de 15% em 2018.