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Com Ipiranga, Braskem estima Ebitda de R$ 3,1 bi no ano

Por Agencia Estado
Atualização:

A aquisição da Ipiranga representa um divisor de águas para a petroquímica Braskem e eleva a R$ 3,1 bilhões o Ebitda (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortizações) anual consolidado da empresa, de acordo com o presidente da Braskem, José Carlos Grubisich. Em termos de receita, o aumento estimado é de 40%. "Vamos adicionar ao nosso portfólio 730 mil toneladas de resinas e esse negócio acelera o programa de investimentos da Braskem, tanto em nível nacional quanto internacional", disse Grubisich esta manhã, em entrevista à imprensa em São Paulo. Conforme o executivo, a Braskem e a Petrobras, que serão as únicas sócias na Ipiranga Petroquímica (IPQ) e Copesul, já identificaram a possibilidade de investimentos adicionais de R$ 700 milhões nas duas operações. "Esses investimentos serão estudados nos próximos meses e poderão ser efetivados em dois ou três anos", afirmou o executivo, acrescentando que os planos atuais de expansão da IPQ e Copesul serão mantidos. Para a Braskem, o negócio com a Ipiranga representa ainda sua consolidação como líder no pólo petroquímico gaúcho, o que já ocorre no Pólo de Camaçari, na Bahia. De acordo com Grubisich, na Copesul, o potencial é de uma produção adicional de 180 mil toneladas por ano de eteno e produtos correspondentes. Na IPQ, por sua vez, o plano é o de elevar em 250 mil toneladas ao ano a capacidade de produção de polietileno (PE) e polipropileno (PP). "Mas este crescimento será basicamente em PP." Em relação à Refinaria Ipiranga, cujo capital será dividido igualmente entre Braskem, Petrobras e Grupo Ultra, ainda não há definição sobre novos aportes. "O objetivo é operar a refinaria em condições de rentabilidade de perenidade", disse. Segundo ele, uma das vantagens da refinaria é que ela terá a Petrobras como fornecedora potencial de petróleo, o que será levado em conta na modelagem dos negócios da operação. Atualmente, a Refinaria Ipiranga está produzindo nafta para uso na Copesul, graças a um acordo fiscal entre a Ipiranga e o governo do Rio Grande do Sul. Em 2006, entretanto, a refinaria teve de paralisar suas atividades em boa parte do período, em razão da defasagem entre os preços do petróleo e dos combustíveis no mercado interno. A alternativa encontrada pelo grupo Ipiranga para retomar a atividade de refino foi a produção de nafta.

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