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Com leve alta, dólar fica em R$ 2,02 pela 6ª sessão

  Ameaça de aumento de IOF se houver entrada de capital especulativo no País, mantém investidores na defensiva

Por Silvana Rocha e da Agência Estado
Atualização:

O dólar ante o real subiu levemente nesta segunda-feira e se manteve no patamar de R$ 2,02 pela sexta sessão seguida. O ajuste positivo diário acompanhou a valorização quase generalizada do dólar no exterior em meio a notícias e dados preocupantes sobre Grécia, Espanha, Alemanha e China. Aqui, a ameaça feita na sexta-feira, em Londres, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de aumentar o IOF se houver entrada de capital especulativo no País, manteve ainda os investidores na defensiva, sobretudo os estrangeiros. Esses players estão praticamente fora do mercado à vista, uma vez que já se posicionaram no segmento futuro, com aumento de suas apostas na queda do dólar. Há convicção entre os investidores de que há uma banda cambial defendida pelo governo, entre R$ 2,00 e R$ 2,10. "Com o dólar praticamente sem espaço para oscilar, a possibilidade de arbitragens diminuiu e limita as oportunidades de negócios", disse um operador de uma corretora. "Ultimamente, só se observa um movimento um pouco diferente quando há algum fluxo mais forte, seja de entrada ou de saída", afirmou a fonte. Nesse ambiente, o superávit comercial de US$ 454 milhões na terceira semana de setembro (17 a 23) acabou não mexendo com a formação de preço do dólar, porque o saldo positivo já era esperado, disse um operador de tesouraria de um grande banco com forte atuação em operações de comércio exterior. Nesta segunda-feira, o dólar à vista encerrou a R$ 2,0260 (+0,10%) no balcão, e a R$ 2,0244 (+0,02%) na BM&F. O giro total à vista registrado na clearing de câmbio até 16h51 se equiparava ao anterior e somava US$ 2,196 bilhões (US$ 1,851 bilhão com liquidação em dois dias úteis). No mercado futuro, às 16h52, o contrato de dólar com vencimento em 1º de outubro estava em alta de 0,10%, a R$ 2,0280, com um volume negociado quase estável em relação ao anterior, de US$ 11,060 bilhões.Lá fora, as notícias sobre Grécia, Espanha, Alemanha e China realimentaram preocupações com o crescimento global, provocando queda das commodities e das Bolsas e avanço do dólar ante o euro e moedas de países emergentes. A Grécia e a Espanha seguem no foco, após uma revista alemã afirmar que o déficit no orçamento grego pode ser maior do que o esperado e diante da contínua relutância do governo espanhol em pedir ajuda. A China também fez preço depois que uma autoridade afirmou no sábado que não vê sinais de recuperação da economia. Já na Alemanha, o índice de confiança das empresas alemãs diminuiu. Nos Estados Unidos, o índice de atividade do Fed de Chicago também recuou.Em Nova York, às 17h03, o euro estava em US$ 1,2931, ante US$ 1,2978 no fim da tarde de sexta-feira. O dólar recuava a 77,86 ienes, de 78,16 ienes anteriormente. Contudo, a moeda dos EUA subia em relação ao dólar australiano (+0,37%), dólar canadense (+0,22%), rupia indiana (+0,14%) e dólar neozelandês +1,08%).

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