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Commodities: Usiminas, CSN e Suzano são "top picks"

Conheça o resumo do relatório elaborado por analistas da instituição com projeções para o mercado de commodities. Nesse relatório, os profissionais apresentam os preços-alvo para os papéis em 2007 para as companhias do setor e destacam como atrativas as ações Usiminas, CSN e Suzano Papel e Celulose.

Por Agencia Estado
Atualização:

Nesse relatório, apresentamos os preços-alvo relativos a dezembro de 2007 para empresas de commodities. Destacamos Usiminas, CSN e Suzano Papel e Celulose como nossos "top picks" (ações avaliadas com maior potencial de ganho). Também temos uma visão positiva para Bradespar e CVRD no curto prazo. Usiminas - Calculamos preço-alvo para USIM5 de R$124/ação para dezembro de 2007. Usiminas atualmente é a melhor ação do setor siderúrgico sob nossa cobertura por ser 100% exposta ao ciclo siderúrgico (sem integração de matéria-prima). CSN - Calculamos preço-alvo para CSNA3 de R$113/ação para dezembro de 2007. Consideramos a CSN um investimento atraente devido à combinação de minério de ferro e aço resultando, de acordo com as nossas projeções, em margens acima de 45% no longo prazo. Bradespar - Nosso novo preço-alvo de R$112/ação é baseado em nossas projeções de CVRD e no preço-alvo estimado de R$ 39/ação para 2007 da CPFE3 (preço para dezembro de 2006 adicionando custo de capital de 1 ano). Preferimos a Bradespar em relação à CVRD por acreditamos que as ações da Bradespar negociam com um desconto atrativo em relação ao valor líquido de seus ativos, além de proporcionar maior dividend yield em 2007 e 2008, comparando-se a CVRD. CVRD. Temos uma perspectiva otimista quanto às negociações do preço do minério de ferro. Estimamos um reajuste de 8% para finos em 2007 (4% para pelotas) - consideramos os preços estáveis para 2008 e 2009, e para 2010 em diante, utilizamos o preço de longo prazo de US$33/ton. O nosso novo preço-alvo para VALE5 e VALE3 de R$71/ação para dezembro de 2007 sugere um potencial de valorização de 59% e 36%, respectivamente. Gerdau - O nosso preço-alvo atualizado para GGBR4 é R$52/ação. Continuamos a acreditar que a Gerdau possui um dos melhores históricos em termos de crescimento de longo prazo no setor de siderurgia e mineração, com estratégia estável de aquisições e poder de precificação forte no mercado interno. Suzano Papel e Celulose - A companhia é top pick para o setor de papel e celulose. Nosso novo preço-alvo para dezembro de 2007 é de R$26/ação. A razão para investir em Suzano é muito simples: a Suzano é uma empresa alavancada financeiramente que está exposta a um segmento do setor de commodities com menor volatilidade de preços. Aracruz - O nosso preço-alvo atualizado para ARCZ6 é de R$15/ação para dezembro de 2007. Acreditamos que a Aracruz é referência no setor de papel e celulose devido a baixo custo de produção, responsabilidade ambiental e liderança na produção de celulose de eucalipto. O que há de novo? Estamos aumentando nossa recomendação relativa ao setor siderúrgico de neutro para overweight. Recomendamos a compra de USIM5 e CSNA3 por acreditamos que as mesmas obterão o melhor desempenho do setor de siderurgia e mineração nos próximos seis meses. Apesar da possibilidade de ajuste de preços nos EUA nos próximos meses, acreditamos que os riscos são limitados e os fundamentos do setor permanecem sólidos. I) Preço do Minério de Ferro - Futuro aumento de 8% Estamos ajustando a nossa estimativa de aumento no preço do minério de ferro para 2007 de 0% para 8% (4% para pelotas) e reiteramos nossa perspectiva positiva para CVRD e Bradespar. Esperamos uma estabilidade nos preços do minério de ferro em 2008 e 2009; e a partir de 2010 estabelecemos o preço do minério de ferro de longo prazo em US$33/ton. Os determinantes para o mercado de minério são: a) Aumento da demanda na China. Em fevereiro, a CISA (Associação Chinesa de Aço e Minério) estimou importações de minério de ferro chegando a 310 milhões de toneladas em 2006. Os dados atuais sugerem números ainda maiores, atingindo possivelmente 330 milhões de toneladas. Portanto, a relação entre demanda e a oferta continuará pressionada em 2008. b) Deterioração na qualidade do minério chinês Com base em diferentes taxas de crescimento relativas à produção de minério de ferro e de ferro gusa da China a partir do minério de ferro local, constatamos uma significativa redução na qualidade do minério das novas minas de ferro (para cerca de 20-21% Fe) ou as estatísticas incluem produção antes não reportadas. Em todo caso, acreditamos que as preocupações em relação à produção de minério de ferro na China são excessivas. c) Preço Spot O preço spot atual está 5% a 12% acima do preço de contrato da CVRD, considerando a tarifa de frete Brasil-China, de US$31,6/ton. Os preços spot deverão aumentar devido à deterioração na qualidade do minério de ferro chinês e à oferta adicional limitada no mercado transoceânico. d) Estoque de minério nos portos chineses O minério de ferro importado encontra-se atualmente em 1,5 mês de importação, em linha com sua média histórica. Portanto, acreditamos que a China não será capaz de influenciar as negociações sobre o preço de minério de ferro por meio de seus estoques. e) Preço do Aço O preço do aço chinês aproxima-se do custo caixa de produção. Sendo assim, acreditamos que o atual risco é relativamente baixo. No entanto, os preços podem continuar a aumentar na China durante o processo de negociação, diminuindo a diferença entre os preços domésticos e de exportação (US$100/ton), que se encontra em nível insustentável. II) Setor Siderúrgico - Em alta novamente Aconselhamos a compra de ações do setor siderúrgico e a elevação de posicionamento para OVERWEIGHT. Nossos top picks são USIM5 e CSNA3, que deverão superar o setor nos próximos seis meses devido à melhora nos fundamentos do segmento de aços planos e um ambiente doméstico positivo em termos de preço. O nosso otimismo em relação ao setor siderúrgico assume uma queda de até 15% no preço do aço no mercado norte-americano. No entanto, acreditamos que o preço internacional atual poderia justificar uma correção de somente US$ 40/ton no preço. O elevado estoque nos EUA deverá reduzir a pressão das importações de forma significativa até o fim o ano, resultando na redução do estoque excedente até a primavera de 2007 no hemisfério norte. Os produtores brasileiros de aço plano deverão apresentar resultados positivos nos próximos três trimestres. Qualquer redução no preço de exportação será compensada pelo aumento recente nos preços domésticos, de cerca de US$ 40/ton em média durante os últimos 4-5 meses. III) Papel e Celulose Estamos otimistas em relação ao ciclo de papel e celulose. Acreditamos na possibilidade de uma revisão da curva do preço da celulose durante os próximos anos. Os custos em US$ deverão continuar a crescer na medida em que os custos da madeira aumentam para os produtores da Indonésia, além da expectativa de uma taxa de inflação maior nos EUA do que nos outros países desenvolvidos. Os produtores brasileiros deverão tornar-se mais competitivos em custos no futuro, já que a expansão de capacidade será mais eficaz do que a produção atual. Usiminas Estimamos que a Usiminas venda 75% de sua produção no mercado interno em 2007. A empresa deverá beneficiar-se significativamente com o crescimento do mercado de chapa grossa no Brasil, com avanço acima de 20% a/a em 2007. Usiminas é atualmente a melhor ação do setor siderúrgico em nosso universo de cobertura por estar 100% exposta ao ciclo siderúrgico (sem integração de matéria-prima). A empresa pode apresentar o melhor desempenho no setor siderúrgico no caso de aumento na curva de preços da cadeia. O principal risco de um investimento na empresa é a possibilidade de venda de parte das ações da CVRD no começo de 2007, pressionando preços no curto prazo. Nosso novo preço-alvo para USIM5 é R$124/ação para dezembro de 2007, o que implica potencial de valorização de 74%. CSN A CSN deverá também se beneficiar das condições de mercado - a empresa está menos exposta a uma reavaliação do setor siderúrgico que a Usiminas. Porém, acreditamos que o IPO de Casa da Pedra ocorra até o final do 1º semestre de 2007, o que poderá valorizar as ações. Consideramos CSN um investimento atraente devido à combinação minério de ferro e aço que deverá resultar, de acordo com as nossas projeções, em margens acima de 45% ao longo prazo. Usiminas e CSN são nossos novos top picks para o setor de siderurgia e mineração. Estabelecemos um preço-alvo para CSNA3 de R$113/ação para dezembro de 2007, representando um potencial de valorização de 71%. Bradespar Estabelecemos um preço-alvo de R$ 112 por ação para dezembro de 2007 com base no novo preço-alvo para a CVRD e no preço-alvo de R$ 39 por ação para CPFE3 (que corresponde ao nosso preço-alvo para dezembro de 2006 mais um ano de custo de capital) e reiteramos a nossa recomendação de BUY. Preferimos Bradespar em relação a CVRD por acreditarmos que a empresa negocia com um desconto atrativo em relação ao valor líquido de seus ativos. Sendo assim, a empresa deverá obter um dividend yield superior ao da CVRD em 2007 e 2008, além da possibilidade de dividendos extras no caso de venda de suas ações da CPFL ano que vem. CVRD Temos uma perspectiva positiva para as negociações do preço do minério de ferro. Acreditamos em um reajuste de 8% para finos em 2007 (4% para pelotas) - mantendo-se estável para 2008 e 2009 e, para 2010 em diante, utilizamos o preço a longo prazo de US$ 33/ton. O nosso novo preço-alvo para VALE5 e VALE3 de R$ 71 por ação para dezembro de 2007 sugere um potencial de valorização de 59% e 36%, respectivamente. Com base nos preços atuais, recomendamos a compra de VALE5 em vez de VALE3. Estimamos que as ações CVRD PN sejam negociadas a um FV/EBITDA08 de 3,9x, comparado a um FV/EBITDA médio de 5,8x entre 1996 e 2004. Caso nossas projeções se confirmem, o preço da ação da CVRD deverá aumentar em 20% ao ano durante os próximos anos a fim de manter o múltiplo histórico de negociação. Gerdau A Gerdau deverá apresentar resultados bastante expressivos em 2007. A exposição da companhia ao mercado de construção civil poderá surpreender o mercado de maneira positiva. Continuamos a acreditar que a Gerdau possui um dos melhores históricos em termos de crescimento no longo prazo no setor de siderurgia e mineração, com uma estratégia de aquisições estável e um forte poder de precificação no mercado interno. Estimamos, no entanto, redução de 16% nos preços de aços longos no mercado internacional em 2007 em comparação com somente 10% relativos aos aços planos. Além disso, acreditamos que o aumento recente dos preços (alguns inesperados) no setor do setor siderúrgico resultou em uma avaliação mais expressiva para os papéis da Usiminas e CSN. O nosso preço-alvo atualizado para a GGBR4 é R$52/ação para dezembro de 2007, o que implica potencial de valorização de 66%. Suzano Papel e Celulose Suzano Papel e Celulose é o top pick para o setor de papel e celulose. Nosso novo preço-alvo para dezembro de 2007 é de R$ 26 por ação. Além de o setor passar por uma fase positiva, acreditamos que a principal razão para adquirir os papéis SUZB5 é a forte desalavancagem que deverá ocorrer entre 2008 e 2009. Após o início da expansão da unidade de Mucuri, estimamos que o EBITDA da Suzano aumente em 50% possibilitando a redução de sua relação dívida líquida/EBITDA de 3,7x em Out/07 para 2,0x até o final de 2009. Os benefícios da desalavancagem incluem a redução do múltiplo FV/EBITDA de 7,8x em 2007 para 5,3x em 2008. Estimamos, no entanto, que a Aracruz negocie a um múltiplo FV/EBITDA de 7,6x para 2008. Desse modo, acreditamos que a Suzano é certamente a melhor alternativa no setor de Papel e Celulose. Aracruz O nosso preço-alvo atualizado para ARCZ6 é de R$15/ação para dezembro de 2007. Acreditamos que Aracruz seja referência no setor de papel e celulose devido aos baixos custos de produção, responsabilidade ambiental e liderança na produção de celulose de eucalipto. No momento, preferimos SUZB5 em relação a ARCZ6 devido a uma perspectiva maior de crescimento (EBITDA 50% após a expansão da unidade de Mucuri) e a desalavancagem significativa que deverá ocorrer durante os próximos anos.

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